Ela acordou com o barulho de algo sendo derrubado em seu quarto. Se revirou na cama tentando distinguir o que era em meio a penumbra de seu quarto quando constatado que era apenas seu noivo, ela se virou, tentando voltar a dormir. O som de uma colisão seguida por resmungos de dor, a impediram de conseguir voltar a dormir. Se apoiou nos cotovelos e soltou uma risada nasal, vendo a silhueta de Adam pulando em um pé só enquanto segurava o outro com o que ela imaginava ser uma expressão de dor.— Está tudo bem aí, campeão? — Ela perguntou. — Quer que eu dê um jeito na cômoda para você? Ela tá te dando uma surra.
Ele riu, cautelosamente se aproximando da cama.
— Você faria isso por mim? — ele perguntou, abraçando-a.
— Mas é claro. — Ela lhe deu um beijo rápido. — Não posso deixar uma cômoda acabar com a dignidade do meu homem assim. — Constatou e prendeu o lábio inferior entre os dentes para não rir.
Ele desfez o sorriso, lhe dando um olhar ofendido.
— Não é para tanto!
Ela assentiu, rindo.
— Claro que não.
— Pode rir. Quero ver é você andando pelo quarto escuro sem esbarrar em nada.
— Calminha, campeão. — ele rolou os olhos divertido.
— É realmente necessário tanto deboche ao me chamar de campeão?
Ela fingiu ponderar por alguns instantes.
— Sim.
Ela o empurrou, para poder se levantar.
— Que horas são? — Ele deu de ombros. — Cadê meu celular? — Ela levantou uma das sobrancelhas, inquisidora. Apenas para receber a mesma resposta de antes.
Ela rolou os olhos. Ele sempre perdia o celular, nunca sabia onde havia deixado e nunca estava com ele. Ela não sabia para quê ele tinha celular, afinal.
— Eu deveria colocar uma corda nele e amarrar no seu pescoço.
Ele apenas riu.
— Isso, na verdade, seria muito útil, querida. Eu iria lhe agradecer.
Ela rolou os olhos novamente.
— Você pegou o meu também? — Disse ao constatar que seu celular não estava mais no criado mudo. Saiu da cama, indo em direção a sala. Ela passou pelo corredor, ainda estranhando a casa nova. Achou o celular de Adam perto do seu e rolou os olhos novamente, quando a tela do celular se iluminou mostrando sua tela, ela espremeu seus lábios um no outro.
— ADAM! — Ela chamou.
Ele chegou a sala, encontrando uma Lilith nervosa com seu celular na mão. Ele fez cara de cachorro sem dono.
— É muito cedo? — Ela arqueou as sobrancelhas.
— São 5 horas. — Ela constatou.
Ele sempre acordava cedo assim. Ela já deveria ter se acostumado, mas com ele viajando e ficando longe por tanto tempo, era no mínimo difícil de se acostumar.
— Bem, pelo menos você não vai se atrasar para o trabalho. — ele apontou.
Ela estreitou os olhos.
— Eu espero que você bata o dedinho na cômoda de novo.
Proferiu, triunfante. E ia se retirando da sala, mas ele a perseguiu, a agarrando por trás e a tirando do chão. O coração dela acelerou, se assustando por alguns instantes. Até sentir pequenos beijos carinhosos em seu ombro.
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Hole in my soul
FanfictionDevido a um relacionamento conturbado, ela se mudou e, agora, depois de longos anos fora da cidade em que cresceu, Lilith volta a Greendale. Cidade onde ela conheceu o amor e também o sofrimento. Em uma batalha interna, ela se vê pesando suas memóri...