Vamos começar. 1/3 de desgraças. Ou 4 não lembro.
Boa leitura xx--
Zelda chegou em casa no final da tarde de sexta depois de ter sido obrigada a trabalhar de ressaca, seu corpo estava exausto e sua mente mais ainda. Ainda lembrava do jeito que Lilith a olhou antes do doutor Masters chegar. Ela decidiu não pensar mais nisso, eram territórios perigosos que a ruiva não estava afim de visitar, ainda mais quando estava tão exausta quanto estava agora. Seu plano era subir e preparar um banho de banheira bem relaxante, talvez usar uma essência de lavanda. No entanto, sua filha parecia ter outros planos, perguntando se poderia mostrar algo a ela e pedindo para segui-la.
Sabrina a levou para o meio da floresta, sem lhe dar nenhuma explicação, apenas saiu andando e exigindo que ela fosse junto. Ela ainda não sabia o por que de ter ido, deveria ter apenas negado e deixado a garota falando sozinha. Francamente, ser arrastada para a floresta por uma adolescente. Você está mole, Spellman.
De repente, a adolescente parou em seu caminho, fazendo Zelda esbarrar nela. A ruiva olhou para ela, esperando uma explicação. A garota apenas olhava para frente, então, Zelda deixou um suspiro indignado e seguiu o olhar da mais nova, sua expressão mudou no mesmo segundo que a árvore chegou em seu campo de visão. A árvore, pensou a mais velha. Uma onda de sentimentos tomou conta da ruiva, que se retraiu. Memórias transbordando em sua cabeça, a levando de volta ao passado.
— Vamos voltar. — ela sugeriu. — está ficando frio.
— Espera, Spellman. — a outra mulher Indagou, procurando algo em seus bolsos. — Aha! — Disse quando achou seu canivete.
— É agora que você me mata? — A ruiva pergunta, fazendo a outra rolar os olhos.
— Essa árvore é linda, não acha?! — Zelda analisou a grande árvore a sua frente, seu caule não era muito grande em termos de comprimento, mas seus vários galhos se espalhavam pelo ar, o grosso tronco assumia uma coloração acinzentada.
— Um pouco torta. — foi tudo o que Zelda disse.
A morena sorriu para ela, abrindo seu canivete e escrevendo seu próprio nome na árvore e depois de acrescentar um "e", ela entregou a faca a ruiva, que hesitou. Não acreditava no que a mulher estava propondo, então ela riu.
— Você está falando sério? — Zelda questionou.
— Oh, vamos. Vamos agir iguais adolescentes apaixonados. Não é difícil. — A dona das belas orbes azuis cristalinas a olhou, entusiasmo derramando em sua voz e lhe desafiando a se animar também.
— Nós somos muito velhas para isso.
— nunca se está muito velha para o amor. — A morena disse com uma piscadela, que fez o coração da ruiva acelerar em seu peito. Elas não tinham dito as três palavrinhas ainda, o que fez a declaração da morena ter um certo impacto na ruiva. Com aqueles grandes olhos azuis lhe observando, pidões, ela soube que não poderia nega-lá. Ela não conseguia resistir a morena, era inútil tentar. Então pegou o canivete da mão dela e escreveu seu nome. Se virou para olha-lá e não conseguiu conter um sorriso quando percebeu a expressão surpresa que ela mantinha. Expressão essa que logo se transformou, os olhos azuis cintilavam em puro desafio. E Zelda ousou continuar a escrever, quando ela saiu deixando o campo de visão da morena livre para ler o que acabara de escrever.
Lilith e Zelda para sempre.
O sorriso que tomou o rosto de Lilith era impagável. Naquele momento ela tinha certeza que não se arrependeria das palavras ali escritas, ela apenas queria o para sempre com a mulher sorridente a sua frente. Para sua surpresa, uma mão pegou na sua, tirando o canivete dela. Lilith ria enquanto traçava um novo desenho em volta das palavras, Zelda não conteve a risada quando percebeu o que ela estava fazendo. Um coração. Quão clichê?!
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Hole in my soul
FanfictionDevido a um relacionamento conturbado, ela se mudou e, agora, depois de longos anos fora da cidade em que cresceu, Lilith volta a Greendale. Cidade onde ela conheceu o amor e também o sofrimento. Em uma batalha interna, ela se vê pesando suas memóri...