Monogamia

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Hello. Bem, esse capítulo era pra ser postado no dia 22, mas como estou sempre atrasada.... Está sendo postado um pouquinho depois. Só quis postar hj pq eu quis, é meu niver e eu queria postar pra avançar essa história q amo tanto. Então aproveitem. xx


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Duas semanas antes da noite no karaokê.


— E você acha que guardar esses sentimentos ruins vai trazer algo de bom para sua vida, Zelda?

A ruiva rolou seus olhos.

— Este não é o ponto.

A outra mulher assentiu e uniu suas mãos em seu colo, olhando para a ruiva em busca de mais respostas.

— E qual é o ponto aqui, Zelda?

E de novo, a Spellman rolou seus olhos.

— Eu não estou tentando dizer que você deveria confiar nela de novo, ou deixá-la voltar para sua vida e a de Sabrina. — Lara explicou.

— Se estivesse, eu não iria escutar...

A loira sorriu.

— Bem, já que não estou. Você estaria disposta em ouvir o que tenho a dizer? — A ruiva assentiu. — Por mais que você goste de fingir que não, Lilith ainda tem um grande impacto sobre você.

A enfermeira cruzou os braços, sua expressão parecia furiosa mas também indignada. Sua psicóloga percebeu que começou com o comentário errado e fez uma anotação mental de evitar abordar a negação da ruiva diretamente, pelo menos no princípio de uma conversa.

— Eu não estou dizendo sobre sentimentos românticos. — A mulher esclareceu. — Mas, ela ainda tem um grande poder sobre você.

A mulher limpou a garganta, ignorando o olhar que recebeu da ruiva.

— O que estou querendo dizer é que, apesar de você ter sentido a necessidade de voltar a terapia por conta de um outro trauma que foi gatilhado por alguns eventos no trabalho, — Ela fez uma pausa para observar se a ruiva estava prestando atenção. — Lilith tem sido um assunto recorrente, bastante recorrente e, apesar de tentar colocar um ar indiferente toda vez que cita algo relacionado a ela, eu tenho percebido o quanto ainda te afeta.

Zelda não falou nada. Tomando o silêncio por confirmação, a loira continuou.


— E gostaria de discutir sobre isso, se você concordar, é claro. — Com o consentimento da ruiva dado em forma de aceno, a psicóloga prosseguiu. — O que você acha que isso significa?

A ruiva nem pensou antes de responder.

— Significa que a Lilith é uma grande filha da p***.

— De fato, mas sabemos que essa não é a resposta que estamos procurando aqui. — A loira concedeu.

Zelda sorriu com a resposta e acabou suspirando antes de se esforçar para pensar na pergunta que lhe foi feita. Depois de alguns minutos, sua linha de pensamento foi interrompida pela psicóloga.

— Pode levar o tempo que quiser, eu sou paga por hora.

A Spellman apenas fez cara feia para a profissional depois da falha tentativa de humor. A loira riu com a falsa demonstração de raiva da ruiva. Ela tinha aprendido a distinguir quando a Spellman estava realmente com raiva e quando apenas fingia por dramatização.

— Pode ser porque eu nunca deixei de lado o meu rancor. — admitiu. E quando a outra mulher estava pronta para comentar alguma coisa, ela levantou uma mão. — Eu sei o que você vai dizer... que guardar rancor não é saudável...

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