Happy hour

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Então gente esse capítulo se passa alguns dias antes da merda toda acontecer. Se passa no mesmo dia que a Zelda ficou presa no elevador com a Lilith.

Aviso que contém cenas explícitas, quem não gosta passe. As cenas explícitas estarão em itálico pois são lembranças.
Boa leitura xx

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Era uma quinta-feira e algumas das enfermeiras decidiram sair para um happy hour. Zelda normalmente não se juntaria em um evento como este, ainda mais depois do que Constance disse, porém suas colegas ganharam na insistência e também ofereceram pagar pelas bebidas da matriarca. E uma coisa que a Spellman não fazia, era negar bebida grátis. A ruiva já sorria com o certo prejuízo que elas iriam ter. Afinal, ela sabia beber e muito bem. Chegando no bar, elas conversaram um pouco, Zelda quase nunca acrescentava algo à conversa, não algo de sua vida pessoal pelo menos. Elas estavam em quatro, Dra. Courtney, uma morena alguns anos mais nova que Zelda. Lisa, era uma mulher loira com olhos castanhos e sorridente, era enfermeira. E Jennifer, outra loira mas com olhos verdes ou azuis, Zelda não conseguia lembrar-se, também era enfermeira. Depois de algum tempo no bar, Zelda ainda estava tão sóbria e elegante quanto sempre era e isso estava irritando as suas amigas já alteradas.

— Como você não parece nem um pouco afetada pelas bebidas? — uma delas perguntou.

— Vocês me deram uns drinks fraquíssimos, nem parecem que estão tentando. — disse Zelda em desdém.

— Ela vai falir a gente. — Lisa comentou.

— Seria justo a médica pagar. — Jennifer sugeriu.

— Então, ela vai me falir. — Courtney indagou. — Tragam um whisky para essa...

A doutora se calou quando seus olhos encontraram a face de Zelda, sobrancelhas levantadas e se era em uma ameaça ou desafio, não estava muito claro. A mulher corou quando Zelda sustentou seu olhar por muito tempo e desviou o olhar, o que fez um sorriso de canto surgir nos lábios da Spellman. Ela adorava saber que causava medo nas pessoas, ou outra coisa... ela não estava certa se outra mulher desviou o olhar porque a temia ou a cobiçava, de qualquer forma, isso a encantava.

A conversa seguiu seu curso e dois copos de whisky mais tarde, o assunto voltou para a sobriedade da Spellman.

— Como é possível? — Lisa indagou.

— Ora, querida, eu não sou um peso leve. — A Spellman sorriu. — Eu sei lidar com álcool.

— Isso nós percebemos. — Foi a vez de Courtney comentar. — mas nosso plano era te deixar bêbada.

— Bem, seu plano está falhando miseravelmente, minha cara. — Com o copo de whisky perto dos finos lábios, outro sorriso se formou, agora, bem mais presunçoso. E isso incomoda a doutora até seu âmago.

— Não me faça te trazer absinto, mulher insuportável. — Zelda ri porque bastou pouco para tirar a outra mulher do sério.

— teste-me.

— Dois copos de absinto.

A morena grita para o garçom e ele não demora para chegar com as bebidas. Ele coloca os copos na mesa e pega os copos vazios, prometendo trazê-los cheios em um minuto.

As duas se encaram.

— Eu não sabia que você ia beber comigo, ma biche.

Zelda pegou um dos copos.

— oh, mas eu não vou. Você vai virar o primeiro. — ela sorriu de canto.

— Vocês estão levando isso muito a sério.

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