Zelda e Hilda estavam tomando um chá na cozinha de sua casa, a primeira lendo seu jornal. A loira ofereceu à sua irmã alguns dos biscoitos que havia preparado. A mais velha abaixou seu jornal para pegar o biscoito oferecido quando seu celular começou a tocar em sua bolsa no móvel próximo a janela. A ruiva se esticou para pegar o objeto que ela quase sempre esquecia que existia. Notando que era uma ligação de Mary, ela tratou de atender rapidamente e se sentou novamente a mesa.— Mary, olá. — A Spellman disse.
— O que você fez? — Veio a resposta irritada. E Zelda sorriu. Não era Mary.
A loira observou sua irmã sorrir ao telefone com um olhar conhecedor. Ela comeu um biscoito e focou sua atenção inteiramente nela.
— Boa tarde, Lilith. — ela disse, cordialmente. — Como você está nesta tarde?
— Irritada e com uma enxaqueca a caminho. — respondeu. O sorriso da ruiva apenas cresceu.
— Sinto muito por ouvir isso. — Ela proferiu sem esconder seu divertimento de sua voz.
— Corta a palhaçada, Zelda. — Lilith pediu. — O que você fez?
— Seja lá o que você quer dizer com isso, querida. — se fez de desentendida.
— Não se faça, Zelda. — Lilith disse. — O que você disse a ela?
— Que estava com saudades de me envolver com uma mulher.
— Ela não sai do meu pé desde o começo da semana. — A morena explicou. — Ela vem me enchendo de perguntas, eu não consigo fazer nada sem ela aparecer atrás de mim, não me deixa nem respirar. — Zelda riu ao ouvir o desespero na voz da outra mulher. — Eu tenho quase certeza que ela está tentando me fazer concordar com um encontro por exaustão.
— Eu não esperava menos dela. — a ruiva disse com satisfação.
— Que seja, Zelda. — A morena não se demorou no assunto. — Você não ia contar a ela?
A Spellman podia ouvir que a mulher estava falando entre dentes, completamente sem paciência.
— Eu vou. — confirmou. — No meu tempo, não no seu.
A professora rolou os olhos.
— E como está o seu plano de dificultar a minha vida? — Zelda perguntou.
A morena apertou a ponte de seu nariz.
— Eu te odeio tanto agora.
Zelda riu.
— Oh, mas eu sinto o mesmo por você, meu bem. — ela disse com falsa emoção, levando uma das mãos ao peito. Pode ouvir a morena puxar o ar com mais força antes de retrucar, porém um barulho ao fundo interrompeu a conversa. A Spellman podia ouvir um 'Senhorita Wardwell' ao fundo, a voz inconfundível de sua filha seguida pelo suspiro exausto da professora. — Eu acho que você está ocupada agora... — Disse.
— E a nossa trégua, vida?
Lilith perguntou e a ruiva quis rir.
— Você a transformou em uma guerra, se lembra, paixão?
— Como poderia me esquecer, pãozinho de mel?
— Aceite derrota e talvez eu te garanta uma nova trégua, meu raio de sol.
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Hole in my soul
FanfictionDevido a um relacionamento conturbado, ela se mudou e, agora, depois de longos anos fora da cidade em que cresceu, Lilith volta a Greendale. Cidade onde ela conheceu o amor e também o sofrimento. Em uma batalha interna, ela se vê pesando suas memóri...