Capítulo 3 - Novato

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Espero que gostem, runners!

Boa leitura 📖

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20 dias, estou neste lugar há 20 dias. Durante este tempo eu e Alby temos feito algumas construções, expandimos a zona onde dormimos, uma vez que estamos a contar que cheguem mais pessoas, fizemos uma cabana perto da horta, onde será a cozinha e também o local para guardar os alimentos, e ainda exploramos o labirinto e já encontramos pelo menos quatro variações, mas em nenhuma delas conseguimos chegar ao fim, mas um dia iremos conseguir.

Levanto-me da rede e espreguiço-me, a rede de Alby como sempre está vazia eu começo a ter dúvidas se ele dorme o suficiente, sempre que acordo ele nunca está na rede. Saio da cabana e começo à procura dele.

- Alby? – Grito, mas não obtenho resposta, olho para a porta do labirinto que ainda está fechada, por isso ele não pode estar lá dentro. – Alby?

Ando até à horta e vejo o corpo dele caído no chão, corro na sua direção e agacho-me ao seu lado vendo que ele está inconsciente. Começo a abaná-lo e a bater-lhe na cara, mas ele não acorda corro até à "cozinha" e agarro num copo e enche-o com água, que tínhamos armazenado há dois dias atrás quando chovera, ando rapidamente até Alby e agacho-me mais uma vez ao seu lado.

- Alby, Alby, acorda. – Abano-o e molho suavemente a sua cara, os seus olhos começam a abrir lentamente. – Hey, estás bem? O que aconteceu?

- Eu... Eu não sei. – Ajudo-o a sentar-se e passo-lhe o copo com a água que ele bebe lentamente.

- Já comeste hoje? – Pergunto preocupada e ele acena afirmativamente com a cabeça. – O quê que sentiste?

- Eu comecei a sentir uma tontura...

- Desmaiaste. – Concluo. – Não admira há mais de 40 dias que só comes frutas e vegetais, precisas de mais proteínas e vitaminas.

- Eu já estou bem. – Ele prepara-se para se levantar, mas eu impeço-o.

- Tu hoje não vais fazer nada, Alby. – Digo séria.

- Eu não vou ficar quieto.

- Sim, tu vais. Precisas de recuperar forças. – Falo de forma autoritária.

- Mas hoje íamos ao labirinto.

- Eu vou sozinha.

- Isso está fora de questão. – Ele diz sério e eu reviro os olhos. – Ou vamos os dois ou não vai nenhum.

- Então não vai nenhum, agora tu vais para a rede e só sais de lá quando eu autorizar!

- Mas a horta, eu –

- Eu trato disso. – Interrompo-o e coloco o seu braço por cima dos meus ombros ajudando-o a levantar, ajudo-o a ir até à sua rede e a deitar-se. – Agora ficas aqui, e vais descansar como deve de ser.

- Está bem. – Ele diz não muito contente.

- Para podermos sair daqui, temos de estar vivos, Alby. – Ele acena afirmativamente com a cabeça e eu afasto-me indo até à horta.

Agarro no regador improvisado que Alby tivera construído e começo a regar a nossa plantação e depois arranco algumas ervas daninhas. Quando acabo de tratar a horta ando até a cabana e Alby está a dormir tranquilamente. Eu e Alby temos trabalhado imenso nestes últimos dias e a alimentação que fazemos não tem todos os nutrientes de que precisamos.

- Se nos querem aqui têm de nos dar mais do que apenas frutas e vegetais. – Resmungo cruzando os braços. - O nosso corpo precisa de mais nutriente e vitaminas, seus génios.

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