Capítulo 30 - Morte

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Espero que gostem, runners!

Boa leitura 📖

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Sinto-me presa, mas com uma enorme vontade de correr sem saber para onde. O meu olhar está fixo na seringa enquanto diversos cenários do que já pode ter acontecido com ele passam pela minha mente.

E se já for tarde demais?, interrogo-me apertando a seringa na minha mão. Sinto uma enorme responsabilidade em cima dos meus ombros, se não encontrar o Newt ele vai morrer e a culpa será minha.

- Chloe! – O grito de Isabella ao meu lado faz-me voltar a realidade. – Estás à espera do quê? Vamos!

- Para onde? – Pergunto em desespero. – Obviamente algo correu mal, nós não sabemos onde eles estão, e se –

- E se nada! – Ela repreende-me. – Nunca foste insegura, não vais ser agora! Diz-me o que fazer!

- Tu tens de o encontrar. – Teresa diz apressada. – Se ele se transformar completamente, não sei se a cura o irá salvar.

- Chloe, vai! – Ava diz aproximando-se de mim.

- Eu não sei para onde ir e o que fazer. - Murmuro sentindo-me perdida. – A seringa salva-o, mas eu posso não chegar a tempo.

- Merda, e aqui parada chegas a algum lado?

A frase de Isabella é como um desbloqueador para o meu cérebro e para todo o meu corpo, eu nunca estive parada. Eu sempre corri, e é isso que tenho de continuar a fazer e só vou parar quando o encontrar.

- Vocês vêm? – Pergunto para Ava e Teresa.

- Não. – Teresa responde rapidamente dando um passo para trás. – Eu tenho de descobrir uma forma de fazer uma cura que salve toda a gente.

- Podemos fazer uma cura que seja irradiada pelo ar. – Ava diz olhando para ela que acena com a cabeça em concordância.

- A decisão é vossa. Eu não posso ficar aqui à espera.

Guardo a seringa no bolso do jaleco e começo a correr pelo corredor com Isabella ao meu lado, enquanto vigiei o corredor vi vários guardas a virar sempre para o mesmo corredor por isso é para aí que vou.

Há medida que corremos vemos alguns guardas no chão e vidros partidos, isso dá-me a certeza de que estamos a ir na direção certa. Um guarda vira a esquina ficando de frente para nós e sem pensar duas vezes disparo contra ele.

- Um a menos para nos chatear. – Digo quando ele cai no chão.

- A Chloe está de volta, saiam da frente! – Isabella diz em tom de brincadeira.

- E o idiota do Theo ainda diz que eu não sobreviveria sem ele.

- Bem, foi ele que te ensinou a disparar.

- Cala-te... - Digo num resmungo agarrando no walkie-talkie do guarda que está com algum ruído.

- Saltaram.. Matar... - O walkie-talkie diz aos soluços. Tento sintonizá-lo para perceber melhor o que estão a dizer, mas sem sucesso.

- Dá cá isso! – Isabella diz tirando o walkie-talkie da minha mão, e em segundos consegue sintonizá-lo.

- Repito, os sujeitos saltaram do vigésimo andar para a fonte. Disparem para matar.

- Eles...

- São loucos. – Digo completando a frase dela. – Mas já sabemos por onde ir!

Nós voltamos a correr pelo edifício, agora procurando por uma saída pois já sabemos que eles estão do lado de fora. Descemos vários lances de escadas de forma apressada, alguns médicos e guardas cruzam-se connosco, mas estão tão atarefados e preocupados que nem notam verdadeiramente na nossa presença.

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