Capítulo 28 - Infecção

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Espero que gostem, runners!

Boa leitura 📖

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Isabella, Theo e eu começámos a percorrer o caminho até à cidade quando anoiteceu por completo. Tivemos de atravessar uma linha de comboio subterrânea onde entramos por uma espécie de ventilação que dava acesso à zona de manutenção dos comboios dentro da Última Cidade. Isabella guiou-nos na perfeição sem qualquer tipo de hesitação, ela sabe exatamente por onde ir e isso fez-me perceber que não era a primeira vez que ela o fazia.

Quando chegamos à cidade algumas pessoas ainda estão na rua por isso temos de ser discretos, puxo o capuz do casaco para a minha cabeça e eles fazem o mesmo. Isabella está a guiar-nos pela cidade, nós andamos em silêncio aproveitando as zonas mais escuras.

Parece um mundo à parte, penso enquanto olho à volta. Não me lembro de grande coisa da cidade onde vivia antes de tudo acontecer, mas esta cidade parece ser muito mais evoluída. Os prédios são enormes e iluminados, há linhas de comboio, outdoors tecnológicos e as pessoas que passam por nós parecem alheias a tudo, como se não soubessem a merda em que o mundo se encontra.

- Baixem-se! – Isabella diz rápido e nós agachamo-nos atrás de um vaso retangular grande. – Mas que merda?

- O que foi? – Pergunto preocupada.

- Está um carro de patrulha na outra rua... - Ela olha por cima do vaso devagar. – Eles aumentaram a segurança!!

- Será que foi por causa do que fizemos? – Theo pergunta encarando-me.

- Talvez, e se assim é então eles já estão a contar que nós venhamos até eles...

- Não podemos ficar aqui, vai levantar suspeitas. Vamos por outro caminho.

Nós levantamo-nos devagar e começamos a andar por outro caminho, que mais uma vez Isabella parece conhecer na perfeição. Andamos encostados a um prédio até que Isabella para na esquina do mesmo e aponta para o edifício à nossa frente.

- É a sede da CRUEL. - Isabella diz olhando para nós.

- Por onde podemos entrar? – Pergunto enquanto observo o edifício.

- A entrada da frente é impossível, as pessoas são revistadas e só podem entrar com um cartão e impressão digital. A entrada lateral direita é possível, é a entrada dos seguranças e pessoal de limpeza.

- Os seguranças andam fardados... - Theo diz apontando para uns seguranças que estão a sair do edifício. – Podemos aproveitar isso, conseguimos arranjar fardas?

- Nós temos algumas. Os guardas da resistência do Lawrence conseguem arranjar de tudo.

- Ótimo! E onde é que ... - Paro de falar quando vejo Ava a sair do edifício pela entrada da frente. – Já venho.

- Não! – Theo diz agarrando no meu braço. – Tu achas que apareces à frente dela e o quê? Ela levanta os braços e rende-se?

- O Theo tem razão. Se ela sabe que nós conseguimos entrar aqui vamos estar a pôr tudo em risco!!

- Já vimos o edifício. Podemos ir. – Theo puxa-me, mas eu faço força contra ele mantendo-me no mesmo lugar sem tirar os olhos de Ava.

- Nós podemos assustá-la. Ao mostrar que estamos aqui ela vai perceber que a cidade não é tão segura quanto ela pensa, podemos usar isso a nosso favor.

- E achas o quê? Que ela te entrega a chave da CRUEL para fazeres aquilo que quiseres? Ela apenas vai retaliar...

- A Isabella está certa. Libelinha, nós temos de pensar no que fazer. É a nossa última hipótese.

Running | TMROnde histórias criam vida. Descubra agora