Capítulo 27 - Última Cidade

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Espero que gostem, runners!

Boa leitura 📖

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O sol já está a começar a desaparecer e os muros estão cada vez mais perto, eu e Theo andamos pelos limites da Última Cidade, já falámos com algumas pessoas e tal como prevíamos elas estão aqui porque têm esperança de que a CRUEL abre os portões e os ajude.

- Chloe... - Theo diz cutucando-me. – Estão três homens armados à direita.

- Será que existe algum líder por aqui? – Murmuro analisando os homens. – Não me parecem ser guardas da CRUEL.

- Podemos perguntar.

Theo e eu andamos mais um pouco até que ele se afasta indo até um senhor idoso. Eu fico parada à espera dele e enquanto isso vou observando as pessoas à minha volta, uma senhora está sentada no chão abraçada a uma pequena menina tentando aquecê-la, elas têm a roupa rasgada e estão bastante magras.

Aproximo-me devagar enquanto tiro o meu casaco, agacho-me à frente delas e deposito o casaco por cima da menina, a senhora olha para mim com um sorriso no rosto que eu retribuo de imediato, retiro uma garrafa de água e duas maças da minha mochila entregando-lhes.

- Muito obrigada. – Ela diz baixo.

- Cuidem-se. – Faço um pequeno carinho no topo da cabeça da menina e levanto-me afastando-me delas vendo que Theo já está à minha espera.

- Bonito gesto, libelinha. – Theo diz quando me aproximo dele, eu apenas sorrio para ele. - Lawrence.

- Quê? – Pergunto confusa.

- É o homem que manda nestas redondezas.

- Certo, e onde ele está?

- A sede da comunidade dele é a uns quilómetros daqui, mas também tem aqui uma pequena base de operações para controlar o que se passa de perto.

- E onde fica essa base?

- Dizem que eles aproveitam um dos prédios mais próximos dos muros.

- Estamos à espera de quê?

Theo acena afirmativamente com a cabeça e nós começamos a andar em direção aos prédios que estão mais próximos dos muros, enquanto andamos vou analisando tudo ao meu redor. Nunca vi tanta pobreza e desespero, um nó na minha barriga forma-se a cada passo que dou.

- Nós temos de ajudar estas pessoas. – Murmuro para Theo.

- Nós nem um plano temos para acabar com a CRUEL, ainda queres salvar estas pessoas?

- Pensaremos em algo. – Olho para Theo que olha para mim com uma expressão de dúvida. – Teremos de pensar em alguma coisa.

Vejo dois homens armados a sair de entre alguns destroços de um prédio, agarro no braço de Theo impedindo que ele continue a andar e aponto com a cabeça na direção dos homens.

- Será ali? – Ele pergunta reparando no mesmo que eu.

- Deve ser, vamos até lá.

Aproximamo-nos do local de onde os homens saíram, vou olhando à volta para ter a certeza de que ninguém nos verá a entrar. Passamos por entre alguns destroços e vamos dar a uma espécie de garagem, Theo faz sinal para que o siga e eu faço-o sem hesitar.

Caminhamos durante algum tempo até que encontramos uma porta de metal, quando Theo se prepara para a abrir, ela abre-se a partir do lado de dentro. Nós recuamos de imediato quando dois homens levantam as armas na nossa direção.

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