Running | TMR

Capítulo 13 - Theo

Espero que gostem, runners!

Boa leitura 📖

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Ao longe o sol começa a surgir trazendo com ele a luz que rege os nossos dias, eu e o Theo já estamos na estrada há seis horas. Nós sabemos que a CRUEL irá procurar-nos assim que der pela nossa falta, por isso temos de nos afastar o máximo que conseguirmos e escondermo-nos durante algum tempo. O Theo disse que sabia de um local onde podíamos ficar escondidos e é para lá que estamos a ir.

Os meus pensamentos estão na Glade, tenho medo de ter tomado a decisão errada, nada me garante que realmente exista algo que possa derrubar a CRUEL, se eu tiver tomado a decisão errada posso nunca mais ver o meu irmão.

- Isto não era assim. – Theo murmura e eu olho para ele. – Antes era uma floresta enorme tinha imensas arvores e eram altas. Eu e a minha irmã dizíamos que iríamos trepar a maior delas todas e que íamos tocar no céu. – Ele dá uma pequena risada. – Nós dávamos cabo do juízo dos nossos pais com os nossos acampamentos, queríamos fazer um todas as semanas, até mesmo quando chovia, na maior parte das vezes nós discutíamos e o acampamento acabava.

- Eu não vivi perto do campo. – Digo olhando pela janela tentando imaginar uma paisagem verdejante. – Vivíamos no centro de uma cidade, mas às vezes íamos até ao campo apenas para passear e fazer piqueniques.

- O que mais te lembras da tua infância?

- Das nossas rotinas. Todos os fins de semana, eu, o Gally e a minha mãe fazíamos um bolo caseiro, eu e o meu irmão deliciávamo-nos a comer a massa crua, a minha mãe ficava doida. – Digo rindo. – O meu pai fazia parte de uma equipa de beisebol, era sagrado para ele. Todos os domingos à tarde íamos ver os jogos, eu e o Gally delirávamos.

- Tu e o teu irmão sempre se deram bem?

- Que eu me lembre sim, eu sempre fui muito protetora com ele. Na Glade nós estávamos sempre na picardia um com o outro. – Gargalho um pouco ao relembrar. – Mas era sempre na brincadeira.

- Eu e a minha irmã eramos cão e gato. – Ele diz rindo. – Na maior parte do tempo estávamos sempre a implicar um com o outro, mas acabávamos sempre por ficar bem. Quando o caos se instalou, nós tornamo-nos mais próximos. Tomamos conta um do outro, até mesmo na CRUEL. Até eu falhar.

- Tu não falhaste. – Eu digo rapidamente. – A Ava é que está a ir longe demais.

- Eu devia tê-la protegido.

- Tu não sabias o que a Ava estava a preparar. Não te martirizes dessa forma, por favor.

- Eu vou vingar-me da CRUEL por ela.

- Nós vamos. Nós vamos destruir a CRUEL e salvar todos aqueles que conseguirmos. Temos o Thomas e a Isabella do nosso lado, nós vamos conseguir.

- Do que será que a Ava tem medo?

- Nós iremos descobrir.

Ao longe começo a ver uma casa está um pouco destruída, mas será um bom local para nos escondermos, o Theo para o jipe à frente do que parece um portão de uma garagem. Nós os dois saímos do jipe e andamos até ao portão, e com um pouco de força conseguimos abri-lo. Enquanto o Theo anda de volta para o jipe, eu entro na garagem vendo uma porta na lateral esquerda, dirijo-me a ela e tento abri-la, mas ela está trancada, começo a bater com o meu corpo com força contra a porta para a tentar abrir, mas sem sucesso.

- Não vamos conseguir entrar por aí, a porta está barrada pelo lado de dentro. – Theo diz saindo do jipe que já está estacionado dentro da garagem. – Anda.