Capítulo 33

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Emilly:
Quando Henrique dedicou a música pra mim, fiquei vermelha igual pimenta e só queria afundar na cadeira.
Sam e Pedro me olharam com uma cara de _Huuuum????_

Henrique cantou muito bem e a música era linda, nem parece que foi uma pessoa de 15 anos que escreveu.

Henrique:
Quando terminei de cantar todos aplaudiram, acho que gostaram. Eu amo cantar, me sinto livre e posso me expressar.

Desci do palco e voltei para a mesa e Sam e Pedro me parabenizaram mas Emilly estava calada.
Percebi que ela queria falar algo mas não sabia como eu acho.

Ficamos lá por mais um tempo até que anunciaram os vencedores. Eu fiquei em 2° lugar de 10 bandas que tocaram.
Eu fiquei muito feliz, era só algo simbólico mas me fez feliz. Emilly não disse nada mas ela estava feliz, eu podia ver.

(...)

Emilly:
Depois que toda aquela competição acabou ficamos lá ouvindo música e conversamos.
Pedimos tanta coisa de beber que acho que zeramos o estoque.
Conversamos sobre o que aconteceu no baile, musicas, coisas aleatórias.

Quando olhamos para o Music Shake vimos que só tinha a gente ali.
Aí que bateu a dúvida _Que horas são?_
Sam pegou o celular e já eram 4 da tarde.
A hora aqui parece que não passa, é tão bom ficar aqui.

Íamos embora quando vimos muitas pessoas entrando no Music Shake novamente e algumas estavam molhadas.
Ignoramos e fomos para a porta, quando chegamos lá tava caindo uma tempestade e eu morro de medo de chuva.

A chuva estava muito forte, com relâmpagos e trovões o dia tinha praticamente virado noite.

- Como a gente vai embora agora?! O céu tá desabando

Henrique:
- O Pedro tá de carro.

Pedro:
- Mas eu estacionei longe daqui....

Sam:
- Só resta esperar...

Emilly:
Eu estava morrendo de medo da chuva, a rua já estava com muita água.
Até que eu comecei a ouvir em meio aos barulhos de trovões, como se fosse um latido baixo vindo do outro lado da rua.
Achei que eu estava ficando doida então perguntei para ver se mais alguém tava ouvindo.

- Gente, vocês tão ouvindo?

Sam:
- Claro que tô. Olha o barulho desses trovões.

Emilly:
- Não é isso, é tipo um latido.

Sam:
- Você tá doida? Você deve estar ouvindo coisas por causa dos estrondos dos trovões.

Emilly:
Como claramente estavam achando que eu estava ficando doida mas eu não estava, comecei a forçar a visão na intenção de enxergar por entre a chuva.

Quando forcei um pouco da visão consegui vê que era um filhote de cachorro. Ele estava no meio da chuva e como estava chovendo muito estava todo encolhido.

- Gente!! Olha tem um filhotinho ali _Apontei_

Henrique:
Antes que qualquer um de nós pudessemos responder ela deixou sua bolsa com a Sam e entrou chuva a dentro.

Em um pensamento rápido corri até ela e tirei meu casaco para "protegê-la" da chuva.

Emilly:
Eu não pensei muito só entrei no meio da chuva para salvar o cachorrinho.
Enquanto corria ouvi Henrique gritar meu nome e chegou por trás de mim pegou sua jaqueta e esticou em cima de nós dois. Os relâmpagos estavam muito fortes.

- Henrique, volta pra lá! O céu tá desabando é perigoso.

Henrique:
- NÃO VOU DEIXAR VOCÊ SAIR NA CHUVA SOZINHA!
_Gritei em meio ao som de um trovão_

Ela estava com medo da chuva quando escutou o trovão e o clarão do relâmpago, ela juntou seu corpo ao meu. Ela estava envolvendo seus braços um no outro por causa da chuva que estava fria.

Emilly:
Cheguei do outro lado da rua e vi o cachorrinho ele estava ensopado e tremendo de frio.
Peguei ele no colo e claro que eu precisava envolve-lo com algo para esquentar.
Pensei logo na jaqueta do Henrique.

- Me empresta sua jaqueta por favor?

Henrique:
Achei tão fofo quando ela pegou o pequeno cãozinho, não importando se ele estava limpo ou sujo. Não importou de tomar chuva e ficar encharcada.
Quando ela pediu minha jaqueta emprestada não entendi muito bem já que minha jaqueta também estava molhada

- Ela tá encharcada, pra que você quer?

Emilly:
- Torce ela só um pouquinho para mim cobrir ele; ele está tremendo.

Henrique me entregou a jaqueta e eu cobri o filhote voltamos para o Music Shake e coloquei ele no chão, ele se balançou espirrando água em todos nós e rimos muito.

Sam:
- Ele é tão fofo!!!

Pedro:
- Siiim...

Henrique:
- Você vai levar ele pra você Emilly?

Emilly:
- Vou levar ele pra minha casa até ver o que vou fazer. Talvez eu leve ele a uma clínica que adote.

Me abaixei para dar carinho nele e Henrique também se abaixou.

- Obrigado Henrique. Por ter se molhado todo por um animal indefeso...

Henrique:
- Eu não fui na chuva por ele.... Fui por você... Não poderia te deixar ir lá sozinha com tanta chuva.

Ela levantou o olhar para mim, não disse nada apenas sorriu. Vi que suas bochechas estavam vermelhas
A chuva forte deve ter durado mais uns 15 minutos e depois ela acalmou e podíamos ir para o carro.
Ainda bem que o banco do carro é de couro por que eu e a Emilly estamos incrívelmente molhados.

Pedro deu engate no carro e começamos a ir para casa, ainda estava chovendo muito então estávamos indo bem devagar.
Sam estava no banco da frente e eu e a Emilly no banco de trás.
Até que o cachorrinho saiu do colo dela e se ajeitou no meu e fechou os olhinhos.
Ele era tão fofo.

Sam:
- Vocês vão ficar gripados se não se secarem logo. A chuva tá muito fria.

Emilly:
- Eu tô tremendo toda. Mas não podia deixar ele tomando chuva.

- Henrique você não precisava ter ido comigo, agora você tem risco de gripar também.

Henrique:
- Meu pai é enfermeiro, tô suave _Ri_

Eu realmente estava sentindo como se tivesse dado um abraço na Elsa.

Emilly:
Quando Pedro parou na minha casa dei tchau para eles e já ia pegando o cãozinho quando...

•••
Continua

♥️
Obrigado por lerem ☺️

Um Amor no High School (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora