— Ai...
Gemia de dor me jogando na cama. Já passava das sete da noite e nem sinal da minha mãe.
— Por que tudo sempre dá tão errado comigo...?
A coisa no meu quadril realmente estava feia. E só fui notar isso quando tinha tomado banho alguns minutos antes. Existia uma mancha roxa enorme, fora a dor imensa a cada movimento que dava.
— E tudo por causa daquele velho barbudo...
Acabei fechando meus olhos e cochilando. Ao menos esse foi o único jeito que eu tinha encontrado de fugir um pouco das dores e principalmente das preocupações.
O sono foi tão pesado que nem cheguei a ter algum sonho. Quando fui abrir os meus olhos, já era de madrugada, com um enorme barulho de vidro se quebrando.
— M-Mãe??
Assustada descia lentamente a escada. Por precaução, já estava inutilmente com o meu caderno na mão para descer a porrada em alguém se fosse necessário.
(Podem rir de mim, mas era um caderno de quatrocentas folhas. No mínimo aquilo podia fazer alguém desmaiar se o golpe fosse certeiro).
((Eu Acho...))
Só que quando fui verificar o que era, reparei que todo aquele barulho, foi a minha mãe derrubando um monte de pratos no chão. Vendo ela desmaiada daquele jeito me deixou em pânico.
— Mãe!! Acorda!!
Porém nenhum sinal que ela iria despertar. Sendo assim tentei ao menos levá-la para o sofá da sala.
— Como a você foi ficar assim...?
Já estava para dar cinco da manhã. Meus olhos pesavam demais. Ajoelhada no chão ao lado dela, acabei apagando novamente. Até que de repente me vi sendo acariciada com um cafune.
— Hm...?
— Bom dia princesa... – aquela voz doce entrava em meu coração ao escutar.
— Mãe...? – de repente começava a chorar a agarrando e a socando de raiva. – IDIOTA, IDIOTA, IDIOTA!! EU FIQUEI TÃO PREOCUPADA!!
— Filha... – sem saber o que fazer, ainda deitada, ela só me abraçava.
— Te procurei por todo canto... – me afastei ainda furiosa. – Você sabe que não pode beber!
— Eu sei que não... – ainda sim ela sorria, enxugando minhas lagrimas com os seus dedos. – Me perdoe...
Automaticamente, virei à cara emburrada, fechando os olhos sem dizer mais nada. Porém creio que ela sabia que aquilo era o meu "sim", misturado com "jamais faça isso de novo".
— Acho que vou preparar um café para nós duas... – suspirou. – Estou com muitas enxaquecas... Arg...
Em seguida ela fez um pouco de café e leite quente, mais alguns ovos mexidos para colocarmos dentro de alguns pães franceses da segunda feira. E por mais que já estavam velhos, eles ainda ficaram bem "maciozinhos". Como a gente sempre guardava em vasilhas bem fechadas, ajudava a preservá-los.
E não vou mentir, mesmo sem ter muito papo, foi uma merenda gostosa e aconchegante. Nós duas evitávamos tocar no assunto de: como foi o seu dia anterior?
Só que teve uma hora que o assunto tinha que vir à tona, minha mãe logo começou.
— Quer que eu te conte, o porquê que fiquei com tanta raiva do Roger?
— Não sei se realmente preciso saber mais sobre isso... – desanimada.
— Por que não? Filha, depois de tudo que fez...
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Intense Show
RomanceFala galera, aqui quem fala é a Lana. Bem, indo direto ao ponto, no mais puro rage aceitei tocar no festival de minha escola com a "minha banda".... Mesmo sem de fato ter uma... - suspira - É.... De todo modo, eu e meu amigo "Renato" partimos em bus...