27. De uma morte, para uma libertação.

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— Espera aí...? Isso é sério?? – eu estava bem espantada, encarava o meu tio, depois para ela, totalmente perdida. – O que está acontecendo?? V-você não tinha...?

— Morrido? – ela completava. – Soube o que seu pai lhe disse quando te raptou. Seu tio me contou tudo. E não vou mentir, que em partes, seu pai estava certo.

Ainda estava bem confusa com aquela notícia. O que estava acontecendo afinal? O tio Roger logo pegava no meu ombro.

— É melhor irmos para um local mais calmo.

Sendo assim caminhamos para fora de lá, indo para uma lanchonete que existia ali próxima.

O meu tio, mais a Jessica, pediram sanduiches, enquanto eu, acabei optando somente por uma vitamina de morango. Me sentei de frente para os dois, totalmente indignada querendo saber o que exatamente estava acontecendo.

— Vejo que está bem confusa. Não lhe culpo, garota... – o tio dizia aparentemente preocupado comigo. – Como estamos tentando capturar o seu pai, precisamos de toda a ajuda. A Jessica será essencial para isso.

Mas a mulher logo reclamava.

— Vai com calma aí! Em nenhum momento eu concordei em te ajudar, só estou aqui pela garota.

— Jessica, por favor, não me venha com aquilo novamente...

— Você não tem o direito de reclamar, Roger! Boa parte do que rolou no passado também era culpa sua! Tudo estava para dar certo, mas não! Toda vida era saindo do foco com aquela menina!

— Mas você não entende! Existiam motivos!!

— Não venham com desculpas!!! Nada pode ser usado para as farras de vocês três!!!

A coisa já estava ficando tão feia, que as pessoas a nossa volta já nos encaravam. Eu naquela hora finalmente me intrometi, falando com o tio.

— Ela não sabe sobre o câncer, não é...?

Ao escutar a Jessica ficou pasma, voltando a encarar o tio a seguir com as mãos na boca.

— Como assim, câncer...? Você está doente, Roger...? – de repente o tom de voz dela, saiu de um rancor, para uma grande preocupação.

— Desta vez, será que poderia escutar o que tenho a dizer?

Jessica enfim, ficou um pouco mais calma, meu tio tentou explicar tudo o que aconteceu com a antiga Lana, desde o início do afastamento dela, até sobre a carta que foi encontrada na cidade que ela foi morta.

— Minha nossa... Eu... Eu não fazia ideia de que isso tivesse acontecido...

— Pois nem eu, Jes...

— Pare com isso... Não me chame de Jes...

Notava agora um clima bem triste entre ambos. Jessica cruzava os braços pensativa, já o tio apoiado na mesa com os cotovelos, mais as duas mãos fechadas apoiando o queixo, de uma maneira bem seria.

Já eu, que até aquele momento estava bem quieta na minha, resolvi abrir a boca.

— Por que exatamente me trouxeram aqui?

O tio só abriu os braços para a Jessica, que suspirou antes de dizer.

— Seu tio veio me contar o que andou acontecendo desde que a "nova Intense Show" se reapresentou naquela escola. Eu até o momento, nem sequer sabia que aquilo tinha rolado. Ainda mais depois do que ele fez no fim da antiga banda.

— O que exatamente o tio fez? Sempre escuto que por causa dele o meu pai ficou magoado e etc... Etc...Etc... Mas nunca me contam essa história direito.

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