Era início de noite. Minha mãe tinha chegado mais cedo quando soube da confusão poucas horas atrás, então imediatamente chamou o tio Roger. Naquela altura do campeonato o pobre do Ren já tinha recebido os cuidados necessários na minha casa, feito por mim improvisadamente. Sorte que minha mãe sempre guardava alguns curativos e que ao mesmo tempo, os cortes que o Renato teve no rosto por causa dos socos, não foram muito graves, assim não precisou nem de pontos e nada do tipo.
Todos nos reunimos na mesa, os pais do Renato também vieram para a minha casa e se desesperaram quando viram a situação do filho deles. Então aos poucos fui explicando o que aconteceu.
— Como ele nos encontrou...? – minha mãe chorava desesperada.
— Mãe... Calma... – a abraçava com todas as minhas forças, ela sentada na cadeira eu em pé por trás.
O tio Roger estava de pé, com os braços cruzados, dizendo bem sério.
— Estou com essa mesma pergunta na cabeça, Regiane...
Ren, sentado, com a mãe dele próxima em outra cadeira, ainda sendo tratado por ela, chutou.
— Será que não foi por causa do jornal? – todos se entreolhavam, ele continuou. – Me lembro que a Lana tocou no assunto do pai dela na apresentação. – ele estava com a mão na testa, ainda sentindo muitas dores.
No mesmo momento me tocava...
"Mãe! Meu verdadeiro pai jamais será o Ricardo, e sim o Anderson! Não tenho por que correr atrás de um cara idiota como aquele!"
— Não posso acreditar... – eu estava com minhas duas mãos na cabeça, totalmente perdida. – Então aquilo que eu disse...
O tio suspirava nos encarando.
— Foi um gatilho para o Ricardo...
— Porém... – minha mãe ainda chorando perguntava. – Como ele encontrou o nosso endereço tão rápido?? Isso não faz sentido!!
Mas a dona Iraci que ainda cuidava do seu filho, respondeu pra ela.
— Talvez pela escola... – a voz dela entregava a preocupação. – Ele pode ter ido lá pedir informações sobre sua filha, então a escola deve ter dado...
— Não acha isso muita impudência, amor? – o pai do Ren questionava.
— Todos nós sabemos que as escolas têm horas que são irresponsáveis. E divulgar o endereço da filha para o pai, não seria nada impossível.
Minha mãe em desespero ainda chorava.
— Mas a Lana nem tem o nome dele no registro... Nenhuma escola divulgaria algo assim... – ainda a abraçava sem saber muito o que comentar. – Agora que tudo parecia caminhar bem...
Aquela noite foi muito tensa. Por questão de segurança nem sequer dormimos em casa, eu mais minha mãe fomos para o casarão do tio Roger. (Dessa vez ao menos, ele trancou tudo.) Segundo o próprio tio, o Ricardo nunca tinha ido pra lá, então a chance de ele encontrar a casa era bem nula. Ainda sabia que minha mãe não iria pregar o olho naquela noite, até porque nós chegamos até passar na delegacia com a família do Ren, o que estressou ainda mais ela.
Já se passavam de duas da manhã, quando entrei no quarto que ela estava.
— Mãe...? Posso entrar...?
— Lana... – ela ainda chorava.
— Você precisa dormir... – me sentava na cama próxima dela.
— Dizer é fácil minha pequena...
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Intense Show
RomanceFala galera, aqui quem fala é a Lana. Bem, indo direto ao ponto, no mais puro rage aceitei tocar no festival de minha escola com a "minha banda".... Mesmo sem de fato ter uma... - suspira - É.... De todo modo, eu e meu amigo "Renato" partimos em bus...