— Filha!! – minha mãe se aproximava de mim, me abraçando com todas as forças. – Estou tão orgulhosa!
— Calma mãe... – eu ria sem jeito. – Se não fosse o Ralph e a Sophia. Isso nem seria possível. Eles se garantiram demais.
O tio Roger também estava orgulhoso. Mesmo sem falar nada, o seu olhar entregava a satisfação de ver a gente tocar. A família do Ralph mais o pai da Sophia, estavam todos juntos ali próximos. Isso me deixava feliz. E agora para a próxima apresentação, nós teríamos um bom tempo. Pois nas próximas semanas, iriam passar uma programação especial para um gigante que faleceu, bem no finalzinho do mês anterior. "Na verdade, o programa teria uma etapa a mais, essa que descartaria mais duas bandas, mas como aquele artista tinha falecido, encurtaram a final, em vez de ser três bandas, seriam cinco agora."
Com toda a certeza, se o Renato estivesse acordado. Muito provavelmente, ele estaria feliz em partes. Pois aquele artista que tinha falecido, era uma grande inspiração para ele. Mas ao mesmo tempo, feliz por ver a banda avançar. Além de presenciar tudo se resolvendo aos pouquinhos.
Só que nem tudo eram flores, um policial se aproximava do tio, contava algo que o deixou com a cara bem fechada. Logo ele se aproximava da gente, já nos dizendo com uma grande preocupação.
— Como havíamos previsto. Localizaram o Ricardo...
Na mesma hora, até mesmo os pais do Ralph escutaram. Rapidamente todos já vieram preocupados com a notícia.
— Onde o viram? – o pai dele perguntava.
— Parece que ele está próximo da saída já faz uma meia hora... Ele apareceu nas redondezas, logo depois da apresentação deles.
A partir dali a preocupação de todos foi as alturas. Como a polícia já sabia do provável aparecimento dele, eles já tinham deixado cinco policiais sem uniforme. Justamente para se misturarem com as pessoas. Então o plano se seguiu. Primeiramente, saíram praticamente todos de lá. Menos o tio Roger que era um dos alvos, mas que poderia impedir a abordagem do Ricardo e o pai da Sophia, que estava bem por fora da situação. Quando chegamos à calçada na frente do prédio, a movimentação de pessoas estava bem baixa por ser domingo. Fomos todos até um ponto de ônibus, que ficava em uma rua bem deserta, onde só se tinham mesmo um bar aberto a alguns metros, com seis pessoas no máximo. Sophia, Ralph, mais os pais deles, pegaram o primeiro ônibus que veio. Na realidade aquilo tudo era somente uma encenação, para deixar nós duas sozinhas naquele ponto.
Então começamos a esperar o nosso "ônibus". E novamente, como havíamos previsto. Um homem se aproximava da gente, ele estava com uma jaqueta, daquelas que tinham capuz para cobrir a cabeça. Sentando bem ao meu lado, ele parecia tentar evitar um olhar direto para mim. Foi então que um ônibus vinha. Mesmo morrendo de medo, eu sabia, que alguma de nós duas, ia ter que dar uma brecha para ele fazer algo e foi o que eu fiz. Me levantei ainda ao lado dele, mas ficando totalmente de costas para ele.
— Droga! Pensei que fosse o nosso...
Eu dizia aquilo encarando a minha mãe, que já estava doida com aquela minha atitude. Meio nervosa ela falava tentando disfarçar.
— Filha... Só se sente vai...
Com o pedido dela, eu iria mesmo fazer isso, só que logo depois que o ônibus passou, antes mesmo de eu poder me sentar, tudo aconteceu. O homem até então "misterioso" se levantou rapidamente. Me agarrando pela nuca e retirando uma arma do bolso da jaqueta. Imediatamente minha mãe ia a desespero, ele me segurando bem forte com um de seus braços e o outro apontando a arma para a minha mãe. O homem começava a nos ameaçar.
— Fique onde está, Regiane!!
Minha mãe pirava de medo, sem poder fazer nada. Ele ainda apontava a arma para ela, que ainda se arriscava dizendo.
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Intense Show
RomanceFala galera, aqui quem fala é a Lana. Bem, indo direto ao ponto, no mais puro rage aceitei tocar no festival de minha escola com a "minha banda".... Mesmo sem de fato ter uma... - suspira - É.... De todo modo, eu e meu amigo "Renato" partimos em bus...