21. A protegida.

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— Me responde, Sophia...

— Por que quer saber disso agora? – de cara fechada.

— Por que se incomoda...? É tão estranho ter alguém de fora preocupada com você, também...? – tentava sorrir, mesmo estando tão deprimida quanto ela.

— É assim agora...? – ria sem jeito no final.

— Você escutou todos os meus problemas, acho que também posso escutar os seus também...

— Você não acha que já é tarde? Já, já, é três da manhã...

— Não vou para a aula mesmo... Tenho todo tempo antes de voltar para o hospital... – ainda sorria pra ela.

— Você e "ele" são iguais... – bufou se deitando.

— Ele? – sem intender ainda sentada.

— Só dorme, vai? Eu tenho que acordar cedo...

Logo me deitei também. Fiquei um bom tempo tentando imaginar qual era a história dela, mas sem nenhuma informação, nem imaginar dava, então sem perceber, acabei capotando.

"— O quê?

Estava confusa, no meio de um matagal. Me levantei com dificuldade e meu corpo pesando. Mas era estranho, pois eu fazia tudo aquilo vendo um brilho em volta de todo o meu corpo. Caminhando até próximo de uma árvore, reparei duas pessoas. Uma mulher loira de costas, que não sabia dizer que idade tinha, mas era de certo modo magra, pele clara, a frente dela outra mulher cabelos negros, e um olhar macabro.

— Você tem certeza disso? – a mulher de cabelos negros perguntava.

— Deixe ela em paz! Ela e a irmã dela não tem nada a ver com isso! Esse problema é entre nós duas!!

— Deixe disso. – lembro de ver ela rir sarcasticamente. – Você não conseguiu proteger nem seus preciosos amigos e ainda deseja salvar a Ana? A partir do momento que eu deixar o corpo dela. Ela ira sofrer como a mãe dela e todas as outras. Você sabe disso, não é mesmo?

— Vou repetir só mais dessa vez! – via de repente ela empunhando uma espada, o que me deixou ainda mais assustada. – Ou você deixa ela em paz, ou vou acabar com você!

Eu me afastava para trás, com medo do que viria a seguir, quando a de cabelos negros me encarava para a minha surpresa.

— Acho que antes de você pensar em salvar a Ana, deveria tentar salvar sua família amiga.

Nesse momento um brilho intenso começava a sair do corpo da mulher, me jogando para trás, ainda tentava me proteger com o braço direito, mas não foi o suficiente."

— AH!!!!! – me acordava muito assustada, logo me deparando que ainda estava no quarto da Sophia. – Isso tudo foi um... Quê?? – e o mais estranho que quando fui notar, meu braço direito estava sangrando, como se tivesse alguma queimadura. – Mas que porra é essa?

Não vou mentir que aquele momento, até então, foi uns dos mais estranhos que já passei em toda a minha vida. Assim me levantei, indo ainda atordoada para o banheiro, aos poucos fui reparando que não era nada cedo, já se passava de dez da manhã, a Sophia já tinha saído de casa. Procurei pela avó dela, mas também nada. Então fui logo ao banheiro, especialmente para lavar o meu braço, que quando passei na água, ardeu como nunca antes. Era algo no mínimo esquisito, pois pequenas partes da minha pele pareciam ter sido arrancadas e o resto queimado.

— Ai... – me segurava para não chorar de dor enquanto lavava com a água. – Da onde pode ter vindo isso? Até ontem estava tudo bem com o meu braço...

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