39/4. Sammy

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— CUF!!!CUF!! – eu tossia e muito, ao mesmo tempo que meu corpo expulsava o máximo de água possível.

— Você está bem? – um rapaz de sei lá... Uns vinte anos talvez, me perguntava.

— Eu... cuf! – ainda tossia, puxando o ar assim que podia.

Demorou um pouco, mas recuperei minha respiração, fiquei sentada com minhas pernas todas moles. Basicamente sentada entre as pernas, de tão bambas que estavam.

— O que estava fazendo nas ruínas? – ele perguntava preocupado para mim. Era um rapaz relativamente alto, pele um pouco clara, cabelos negros mais olhos azuis, que lembrava até aquele azul do céu, sabem? Além disso, ele era bem forte, e carregava uma pequena cicatriz do lado direito do rosto, bem na bochecha.

— Que ruínas...? Onde estou...? – ainda um pouco ofegante, tentando aos poucos me situar.

— Você está em Lunar. Não se lembra de onde veio, garota? – ele me observava bem curioso, a seguir pegando nos meus cabelos. – Que raios de cor é essa...?

— E..EI! – puxei os poucos fios que ele segurava, a principio com bastante vergonha. – É azul ciano para começar! Sou de Londrina no Paraná!

— Pra mim parece verde... – ele ria. – Londrina é uma cidade de Linz? Esse nome não me é esquisito.

— Linz? – mais boiando do que entendendo. – O que é "Linz"?

— Tá me zoando, moça...?

Ele me encarou bom um bom tempo, bem indignado por sinal, até que resolveu voltar a falar.

— Linz é a região próxima desta ilha. Logo após vem Brask, a principal do continente, com Mírilen a sua capital... Nem disso sabia...? – me olhava com uma puta cara de tacho, mas percebia que eu não entendia "buiufas" do que ele falava. – Santa burrice...

— Não me chame assim!! – irritada. – Diz que sou burra, mas nem sequer sabe onde é Londrina!

Logo após começamos a caminhar, ou melhor... Comecei a segui-lo mata adentro, só que com dificuldades.

— Pensa me seguir até onde...? – bem confuso.

— Até algum lugar onde eu possa ficar segura...

— Entendi... – ele observou rapidamente abaixo da minha cintura.

— O que está olhando...? – com raiva, já imaginando que ele observava minhas pernas que estavam bem expostas por causa do shorts de dormir.

Para a minha surpresa ele se agachou.

— Suba em minhas costas...

— Por... Por quê?? – bem envergonhada.

— Seus pés estão feridos... Minha mãe ficaria doida, se soubesse que não ajudei uma pessoa necessitada... – se mantinha na posição. – Vai logo...

No começo fiquei duvidosa, porém acabei aceitando, pois realmente, caminhar descalça no meio de um mato daqueles, era pedir para me machucar, ou até pior.. Ele por exemplo estava com uma bota para andar naquele local, fora uma calça bem reforçada.

 Ele por exemplo estava com uma bota para andar naquele local, fora uma calça bem reforçada

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