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Victoria 

Sou pega pela cintura e levantada do chão sem nenhuma dificuldade aparente. Gross caminha comigo até chegar no quarto e para quando chega perto da cama, que ele já arrumou e colocou o colchão de volta, e então me solta sobre ela. Ainda estou atordoada e confusa para lutar mas quando ele se afasta, eu faço menção de levantar para correr.

— Nem pense nisso, será perda de tempo. Eu irei alcançá-la em qualquer lugar que vá. — adverte percebendo minha intenção. Congelo no lugar.

Olho para o Nova Espécie que parece ainda mais enorme e aterrorizante, ele é como eu suspeitava que seria de pé e ele está... totalmente nu. Encaro em choque sua virilha que possui sua parte impressionante. Meu corpo começa a tremer quando ele se aproxima e levanta minhas mãos sob minha cabeça e prende meus pulsos nas algemas que outrora estavam nele, as prendendo na cabeceira da cama de ferro em seguida.

Eu sempre odiei a minha incapacidade de agir imediatamente diante situações como esta, eu sempre fico em choque e estagnada no lugar, não consigo agir ou lutar, parece que minha mente trava meu corpo. É uma grande merda ser assim.

— O que vai fazer comigo? — pergunto com um nó doloroso na garganta, temendo o pior.

— Eu não vou abusar de você, sei que este é o primeiro pensamento que deve ter vindo a sua cabeça.

— Por que você está nu? Cubra-se com algo! — exclamo fechando os olhos.

— Você já viu tudo que tinha para ver, inclusive me tocou lá. — ele fala tranquilamente e eu sinto meu rosto esquentar.

— Eu comprei roupas para você porque rasguei sua calça para cuidar melhor dos seus ferimentos, deixei em cima da cama, você não viu?

— Ficou pequena, não passou pelas minhas coxas e acabou rasgando. — explica.

— Eu imaginei, então encomendei maiores, chegou hoje. Eu acho que deixei cair na porta quando me surpreendeu, está em uma sacola. — revelo e ele tenta esconder a expressão de surpresa em seu rosto, mas eu noto.

Ele sai do quarto e alguns minutos depois volta, vestindo um par de calças que parece ter servido perfeitamente, apenas pelo material realssar muito bem suas pernas musculosas, porém, continua sem camisa.

— Também tem umas camisas. — falo.

— Eu odeio camisas. — responde grunhindo.

Eu desvio meu olhar de sua direção e não sei mais o que falar, fazer ou como reagir. Dois minutos em silêncio se passam, um silêncio desconfortável e terrível para mim, que continuo sem saber qual será meu destino.

— Eu admito que gosto de ser o único no controle pela primeira vez. Nunca estive deste lado das coisas, sempre foi o contrário. — solta de repente e para minha surpresa ele ri, revelando dentes brancos e impecáveis, com pequenos caninos superiores.

— O que você quer com isso? — pergunto com indignação — Não vou servir como cobaia para sua maldita vingança se for essa sua intenção.

— Você também me prendeu. Você não imaginou o quão traumático foi para mim estar algemado novamente e nu debaixo dos lençóis? — seu olhar se estreita severamente.

Não consigo evitar uma pontada de culpa me consumindo. Mas eu tive meus motivos.

— Eu peço desculpas por isso, mas como eu poderia saber dos seus traumas? Você só me disse depois de acordar e me ameaçou, como eu poderia soltá-lo sabendo que me mataria? Eu só o prendi porque estava se debatendo e me atingiu, eu tinha que cuidar de você.

3 - GROSS - Novas Espécies (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora