Victoria
Saio do banheiro e encontro Gross sentado na cama do hospital, de braços cruzados e com uma carranca no rosto, olhando com irritação para o enfermeiro Paul, que tem observado seu estado no turno da noite, durante os três dias que estamos aqui.
É estranho ele estar aqui agora de manhã, quando quem sempre vem durante o dia é a fêmea espécie Midnight que também é enfermeira.
O enfermeiro olha para mim, parecendo aliviado em me ver.
— O que está acontecendo? — pergunto me aproximando da cama.
— Ele não quer tomar os remédios. Disse que tem um enfermeira particular que faz isso para ele, no entanto, Midnight me pediu para trocar de turno com ela hoje e não poderá vir durante o dia.
Eu coro, desviando o olhar do enfermeiro para Gross.
— Essa enfermeira sou eu, não Midnight. É que ela me deixa cuidar dele, dar os remédios, trocar os curativos... Ela só me diz o que fazer.
— Mas esse não é o seu trabalho.
— Eu sei, mas fui eu quem pediu isso a ela. Me sinto bem cuidando dele.
— Mas não é o certo.
— Está tudo bem, eu entendo que é o seu trabalho.
— Também não é errado, ela sabe fazer isso. Ela cuidou de mim por três dias desacordado. Você pode deixar os remédios, que ela dá para mim. — Gross fala.
— Gross, querido, é o trabalho dele, nos é quem estamos querendo quebrar as regras, a Midnight deixa porque ela é legal, ela já esteve na sua pele e entende você. O paul não. — eu acaricio seu ombro.
— Ei! Eu... Eu também sou legal.
Eu sorrio do desconcerto do homem e Gross rosna para ele, mostrando as presas, então ele encolhe os ombros, como quem se dá por vencido.
— Já entendi que não tem como contrariar um casal de companheiros. — ele entrega o copinho com remédios em minhas mãos — Eu tenho que ver o ferimento, Midnight me passou um relatório sobre, ela disse que as drogas curativas fizeram efeito bem rápido e que os pontos estão quase cicatrizados.
Ele se aproxima de Gross, que olha para mim, meio receoso, normalmente no turno da noite quando Paul vem, seu curativo já foi trocado por mim. Eu dou um aceno de cabeça para ele deixar o médico vê-lo.
Ele fica em silêncio quando o enfermeiro mexe no curativo e verifica o ferimento, dando um olhar de surpresa para nós dois.
— Está bem melhor. Muito bem, Gross. — Paul parece genuinamente feliz.
Meu coração também se enche de alegria e eu dou dois pulinhos e bato palmas.
— Irei comunicar ao Dr. Harris para saber quando poderei te dar Alta. — informa.
— Está bem. Obrigada. — agradeço e o enfermeiro se vai — Estou tão feliz que você está melhor. Você ouviu quando o Fury veio aqui no primeiro dia para te conhecer? Ele disse que poderemos escolher uma casa. Está próximo esse dia.
— Sim, ele também explicou sobre o casamento, que você é minha companheira, mas temos a opção de fazer as coisas como as fêmeas humanas gostam, que são assinar os papéis.
Algumas horas depois de Gross ter despertado, há três dias, Fury veio até o hospital para conhecê-lo e dar as boas vindas. Aproveitou e fez várias perguntas sobre o cativeiro em que meu companheiro esteve, sobre o que ele sabia e contou a história de como Homeland e a Reserva foram criadas, sobre como os primeiros Novas Espécies foram libertados e várias outras coisas.
— Sim! Você quer isso? — pergunto.
— Eu quero tudo com você. — ele puxa meu braço para mais perto e contorna minha cintura com um braço.
De repente lembro-me de algo que me faz desviar o olhar e ficar triste.
— O que foi? — meu nova espécie imediatamente questiona minha mudança de expressão.
— Robert me obrigou a assinar os papéis de casamento quando meu pai me deu a ele... E eu fugi depois que o atingi com um faca, então nunca assinamos um papel de divórcio, que dá fim ao casamento de acordo com a lei, isso significa que ainda sou casada com ele no maldito papel.
Gross grunhe, irritação tomando suas feições.
— Basta assinar o tal divórcio.
— Não é assim... Ele tem que assinar também.
— Eu irei caçá-lo e o farei assinar. Quero que seja minha de todas as maneiras.
— Nós podemos apenas viver como companheiros, um papel não muda nada. Nosso compromisso é de corpo, alma e coração. Você será meu e eu sua de qualquer forma.
— Você jura que isso não fará diferença para você? Pelo jeito que o Fury falou, todas as fêmeas humanas gostam disso. Se você gostar, quero que tenha isso também.
— Eu juro que não fará diferença. Você é tudo que importa para mim e já estamos juntos, já somos companheiros, um papel não mudará nada disso. Tudo bem para você também?
— Sim. Tudo bem para mim também. — ele puxa minha nuca com gentileza e toca meus lábios com os seus.
Meu corpo se acende imediatamente na medida que sua língua encontra a minha, Gross grunhe no meio do beijo, aprofundando, tomando tudo que pode dos meus lábios, me derreto contra ele, sentindo coisas maravilhosas dentro de mim.
— Seu cheiro está me enlouquecendo. — ele beija meu pescoço — Eu quero você, quero tocar você, quero estar dentro de você. Seu cheiro sempre foi alucinante para mim, mas tem algo nele agora que me faz ainda mais possessivo.
— Oh, Gross... — solto um gemido, com a dor no meu ponto sensível aumentando — Eu também te quero tanto.
Esses últimos dias tem sido uma grande tortura, Gross não pode se esforçar e nem ficar muito ofegante, o médico disse que não poderia fazer sexo, ele ficou bravo, é claro, mas eu fui mas lúcida e tenho mantido o controle, contra minha vontade, porque tudo que eu mais queria era sentí-lo.
Basta um olhar dele e meu corpo fica quente, ultimamente qualquer coisa que ele faça, mesmo deitado na cama do hospital, me faz querer subir em seu colo e montá-lo.
A verdade é que eu sou louca pelo meu Nova Espécie gostoso.
Seja responsável Victoria!
— Deixe-me ao menos tocá-la com meus dedos, é o suficiente para mim por enquanto. Sinto prazer quando te toco com minhas mãos ou com minha boca.
Minha dor dentro da calcinha se intensifica, sinto uma umidade se acumular e quero desesperadamente aceitar sua proposta.
— Shh... Por enquanto não, só quando o médico liberar. Se você piorar, nunca irei me perdoar.
— Você não me quer?
— Desesperadamente, Gross! Mas é sobre sua saúde, é muito mais importante do que qualquer vontade minha de ter você fazendo o que quiser com meu corpo.
Ele grunhe, excitado, com sua expessura marcando o lençol do hospital que cobre seu colo. E se eu... Fizer aquilo com a boca nele de novo? Como fiz na varanda da cabana?
Não! O coração dele vai acelerar.
Droga.
Ele me viciou nele.
Capítulo pequeno pra não deixar vcs sem nada ❤️❤️
Espero que tenham gostado ❤️❤️❤️
Votem e comentem ❤️❤️❤️
Estamos chegando ao fim e como de costume, tem aquele leve último draminha. ❤️❤️❤️
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3 - GROSS - Novas Espécies (Concluído)
RomanceVictoria Carver está tentando recomeçar sua vida em uma cabana na montanha após se livrar de um relacionamento abusivo. Tudo que ela quer e precisa é se manter longe de homens no geral e principalmente daqueles como Robert, seu ex. Tudo isso muda qu...