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Victoria

— Vamos entrar. Estarei preparado para lutar se por um acaso não for as pessoas que você disse. — Gross fala, arrumando sua calça.

Ele me ajuda a levantar do chão e eu o sigo para dentro, com o medo começando a fluir. Pode ser Maik me seguindo, mas estranhamente ele nunca ousou vir até minha cabana, no entanto, pensando bem, antes ele também não tentava me beijar a força.

Alguns minutos se passam e agora eu também consigo ouvir o barulho, parece ser de um helicóptero, o pensamento de que pode ser Homeland fica mais claro para mim. 

— Fique atrás de mim. — Gross manda, parecendo um pouco alterado, mas percebe-se que está tentando se conter.

— Eu acho que são os Novas Espécies. — sussurro para ele.

Gross fecha a porta, deixando apenas uma fresta aberta. Meu corpo começa a tremer na medida que o helicóptero se aproxima, eu encosto na pele quente do espécie quase o arranhando com minha unha, ele fica parado de forma protetora a minha frente, enquanto uma de suas mãos descem para acariciar meu quadril dando-me conforto.

Não resisto e abraço a cintura dele no momento em que o helicóptero pousa em meu vasto terreno, o vento passa pela fresta da porta deixando minha pele arrepiada e meus olhos ardendo. Seguro a respiração por alguns segundos sem nem mesmo notar o que estou fazendo quando vejo alguns homens enormes vestidos com uniformes pretos com coletes e com seus rostos estão cobertos com um capacete da mesma cor.

Imediatamente reconheço as imagens que já vi nos jornais uma vez, são mesmo da ONE, seus tamanhos não me deixam enganada.

— Realmente são eles, os Novas Espécies de Homeland. — murmuro para Gross, com meu corpo ainda grudado ao seu.

Três deles caminham para mais perto da porta.

— Victoria Carver! — um deles grita meu nome, meus joelhos quase entram em colapso, as fichas caindo de que irão levar meu Nova Espécie embora.

— Tem certeza que são confiáveis? — Gross pergunta.

— Sim. Pode ficar tranquilo, vai ficar tudo bem. — falo para ele, tentando não deixar transparecer minha voz vacilante.

— Você disse que estava com um dos nossos. Podemos entrar? — o mesmo espécie questiona.

Eu me afasto de Gross, piscando para conter as lágrimas, não querendo que ele veja o quanto o fato dos Novas Espécies terem chegado para buscá-lo, me deixa chateada. Eu tinha certeza que nós teríamos mais tempo juntos.

Esses minutos agora podem ser nossos últimos juntos. Meu olhar se desloca para encontrar Gross silenciosamente olhando para mim.

— Você está com medo? Não precisa. Você está segura comigo, eu irei protegê-la se por um acaso eles quiserem te fazer mal. — eu assinto, sabendo que não é isso, mas minha garganta está embargada demais pelas minhas lágrimas presas.

Gross se aproxima de mim e então, me puxa para seus braços. A sensação dos braços dele me segurando, seu cheiro masculino maravilhoso e sua pele quente pressionada contra meu rosto, fará tanta falta que dói. Eu o abraço de volta, não me importando se estou o agarrando demais ou não.

— Eles podem ser o meu povo, como você disse, mas saiba que nunca permitirei que alguém te machuque. — eu apenas balanço a cabeça, respiro fundo e tento me recompor.

— Vamos cumprimentá-los. — digo suavemente, soltando-o, lamentando fazer isso — Vai ficar tudo bem.

Ele segura minha mão e se põe a minha frente, protegendo meu corpo de qualquer coisa, abre a porta lentamente, e então nos deparamos com os três Novas Espécie. Todos eles usam seus uniformes escrito ONE no peito com pequenas letras brancas e utilizam capacetes cobrindo seus rostos e suas botas pretas são estilo militar.

3 - GROSS - Novas Espécies (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora