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Victoria

— Maik. — falo descontente.

— Pensou no meu pedido? — me lembro de sua ameaça e sinto raiva invadir meu ser.

Eu o ignoro, andando para o outro lado do balcão, retirando duas xícaras de café que dois clientes haviam tomado ali, caminho até a pia e os deposito dentro.

— Vai me ignorar mesmo? — o homem fala, alterando um pouco o tom de voz.

— Estou trabalhando e não precisei pensar em seu pedido pois a minha resposta sempre será a mesma.

— Por que, Victoria?! — exclama, raivoso e eu continuo caminhando pelo salão da cafeteria recolhendo xícaras e limpando mesas — Responde, porra!

— Porque eu não quero, poxa! Eu já falei mil vezes que não quero nenhum homem na minha vida! — minha mente voa para Gross, ele não é um homem comum.

Eu não quero um homem em minha vida, eu quero um macho, o macho, meu Nova Espécie, meu Gross.

— Está perto da hora em que Flora chega para o turno da tarde, eu só vou lavar essas louças e passar um pano no chão, pode se retirar por favor? — peço gentilmente.

Como um milagre, ele apenas sai. Respiro fundo e começo a lavar as louças e em seguida limpo o chão, Flora chega um pouco mais cedo, então me ajuda a colocar as cadeiras no lugar.

— Obrigada, Flora. Assim irei sair um pouco mais cedo. — falo contente.

— Você tem um encontro? — ela sorri animada.

— Na verdade sim. Acho que estou apaixonada. — confesso, pela primeira vez as palavras saindo por meus lábios, meu coração acelera.

— Seus olhos brilharam tanto agora! — ela exclama — Você realmente está apaixonada, é o Maik? Todos sabemos que ele é louco por você.

— Não! Nunca! É outra pessoa, é alguém incrível, perfeito e... Até parece mentira de tão maravilhoso que é. — quase me derreto.

— Então vá logo, aproveite seu encontro. — ela sorri me empurrando para o pequeno banheiro que trocamos de roupa.

— Eu vou. — me apresso, troco de roupa, pego minha bolsa e saio — Tchau Flora! — aceno e ela sorri, acenando de volta.

— Você é minha! — sou surpreendida por Maik quando estou prestes a abrir a porta da minha caminhonete.

Ele puxa meu braço e me prende contra meu carro, então rapidamente cola seus lábios nos meus, viro meu rosto e cuspo no chão.

— O que está fazendo? Me solta! — exijo.

— Me dê uma chance, Victoria. — ele insiste.

— Eu não quero, já te disse várias vezes, não quero. — balanço a cabeça sentindo lágrimas quentes encherem meus olhos.

Essa é a segunda vez que ela age tão agressivo mas está sendo ainda pior, ele conseguiu tocar os malditos lábios nos meus, é inevitável que lembranças de Robert me forçando a fazer coisas que eu não queria, voltarem a atormentar minha mente, um medo começa a se apossar de mim, medo porque sei que devido ao trauma, eu não consigo agir de imediato em certas situações.

— Quem é o maldito homem que você está saindo e que você comprou roupas? — ele pergunta, sua voz repleta de raiva.

Tento me afastar de Maik mas seus braços me prendem com mais força.

— Você não o conhece, ele não é daqui de perto. Me solta, Maik, eu vou gritar! — ele aperta um das mãos em cima da minha boca me impedindo de gritar e outra mão sua segura meu quadril com força.

3 - GROSS - Novas Espécies (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora