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Gross

Me afasto de seu corpo, odiando a sensação de estar apenas alguns metros longe dela. Eu estou me acostumando com ela, pior, talvez esteja ficando viciado em seu cheiro e em seu gosto.

Eu juro que tentei me controlar e manter o controle, não ser muito áspero e acabar ferindo-a, eu acho que quase consegui, pela primeira vez eu sei o verdadeiro significado de perfeição e paraíso, é estar dentro de Victoria e vê-la sentindo o prazer do meu toque.

Eu a marquei com minha semente e com meu cheiro, sinto-me ainda mais possessivo. Tocá-la, compartilhar sexo com ela, foi a melhor sensação que já conheci na vida, é fácil ficar viciado nela.

Volto para perto e a pego em meus braços.

— Seu ferimento na costela! — ela exclama se preocupando comigo.

— Você não é pesada e não está doendo. — falo.

— Tem certeza?

— Sim.

Caminho com ela para o banheiro, solto gentilmente seu corpo debaixo do chuveiro, abro-o e lavo seu delicado corpo com cuidado, me certificando de ser ainda mais gentil em seu sexo perfeito.

Quando termino, ergo os olhos e a vejo me encarando com um brilho diferente no olhar.

— O que foi? — pergunto dando um leve sorriso.

— Eu quero pintar você. — franzo as sombrancelhas.

— Me pintar?

— Sim! Eu sou uma artista amadora, eu adoro pintar mas estive sem inspiração nos últimos anos, só que agora tudo que mais quero é gravar sua imagem na minha tela, vai ser minha mais bonita obra de arte, a que me trouxe de volta a inspiração. — percebo seus olhos ficarem cheios de lágrimas.

— Essas são as lágrimas boas não é?

— Sim. Deixe-me pintar você. — pede e sinto que não existe nada que eu possa negar a ela.

— Eu deixo.

— Obrigada. — ela sorri e depois de alguns segundos seu sorriso morre — Nossa! Deve ser de madrugada agora! Eu tenho que ir trabalhar. — reprimo um sorriso quando ela sai eufórica do banheiro molhando todo o chão.

Eu vou atrás e fico observando-a enquanto procura por algo, olho para ela com pura adoração e não consigo impedir o sorriso que curva meus lábios. Ela é a mulher mais bela que eu já vi. Sua boca parece mais vermelha do que o normal, e um leve rosado se espalha por seu rosto. Absolutamente perfeita.

— Ainda tenho uma hora e meia até o horário que costumo levantar para ir. — ela fala quando encontra o que procurava, reconheço ser um pequeno relógio.

Eu pego uma toalha que está pendurada no banheiro e me aproximo dela, cubro-a e ergo minhas mãos para que ela segure.

— Vem comigo. — ela não hesita em colocar suas palmas delicadas nas minhas. Ela parece tão frágil. A puxo para mais perto de mim e ela vem.

Caminho lentamente até a cama e a induzo a se deitar, em seguida me deito ao seu lado não me importando em estarmos nus e um pouco molhados. 

— Descansa um pouco e... Obrigado. Por tudo. — sussurro.

De repente, ela se lança para mim com os braços envolvendo meu corpo até onde podem chegar. O corpo dela pressiona com força meu peito.

Uma sensação muito boa se apossa de mim, quase me consumindo, sinto meus olhos lacrimejarem e pela primeira vez, deixo cair algumas lágrimas e sei que essas são as lágrimas boas. A acolho em meus braços a envolvendo até que seu corpo esteja colado ao meu.

3 - GROSS - Novas Espécies (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora