EPÍLOGO

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Algum tempo depois...

— Happy. — chamo — Onde você está? — minha voz sai trêmula, inevitavelmente.

Um pequeno e suave rosnado soa atrás de mim na porta da cozinha, eu sobressalto e viro-me na direção do som, abaixando o olhar para poder encontrar meu garotinho, com as mãos levantadas e uma expressão divertida no rosto.

— Aí meu Deus, que susto! — coloco a mão no peito de forma dramática, conseguindo uma risada deliciosa em retorno.

— Ontem eu também consegui assustar o papai. — comenta, se sentindo orgulhoso.

E eu aposto que Gross fingiu assim como eu, sorrio imaginando a cena.

— Mas vem cá. — ergo os braços para ele que rapidamente estende os seus para mim e o pego no colo — Você molhou toda a casa, seu danado. Eu falei para você esperar na piscina que eu iria fazer o que? — meu tom é suave.

— Pegar a toalhinha para me secar, para não molhar a casa e eu não escorregar.

— Isso mesmo. Se você escorregar o que acontece?

— Eu fico com machucados, sinto dor e você e o papai choram. — meus olhos automaticamente se enchem de lágrimas, eu amo tanto essa criaturinha que é imensurável.

— E mais o que? Tem mais uma coisa que você gosta muito. — reprimo um sorriso vitorioso quando ele me olha de olhos arregalados.

— Eu não quero parar de ir brincar com o Bless.

— Então você vai desobedecer de novo? — ele balança a cabeça com força negando, mas eu sei que vai, no entanto, sei que educar o meu filho é uma missão para a vida inteira e sei que haverá coisas que infelizmente estarão fora do meu controle.

O encho de beijos.

Meu menino é bem teimoso. Ele tem apenas um ano e meio mas se comporta como uma criança de três anos, ele é maior, mais inteligente e mais desenvolvido em todas as formas, ele até mesmo fala corretamente como um com o dobro de sua idade.

A verdade também é que fico muito assustada toda vez que o deixo brincando em algum lugar e quando olho, não o vejo mais. Mesmo que não exista mais ameaças contra mim, que Maik e Robert estão presos na prisão comandada pelos Novas Espécies, que meu marido construiu muros altos ao redor de nossa casa e que tem oficiais vigiando as redondezas, o medo é instantâneo sobre mim.

Ainda tem os malditos grupos de ódio de quem temos que escondê-lo e a todos os outros bebês e também de todos os humanos em Homeland que não sejam confiáveis. Se algo ruim acontecesse com ele, eu morreria.

Tento afastar esses pensamentos, ele está aqui, no meu colo e eu e o pai dele, juntamente com todos os Novas Espécies faremos de tudo para protegê-los. Caminho com Happy no colo para o banheiro, cantando e dançando, fazendo-o me presentear com sua risada que sou tão apaixonada.

— Fique aqui no banheiro, eu já volto, vou pegar seu barquinho. — falo e sigo em direção ao armário dentro do quartinho dele.

Dois braços envolvem minha cintura, me puxando para trás contra um corpo grande e quente. Eu sorrio, feliz que meu marido chegou do trabalho. Viro a cabeça, levanto o queixo e sorrio para Gross, colando levemente nossos lábios.

Meu coração sempre acelera e meu peito se enche de alegria toda vez que ele chega, sem contar a imensa saudade, a ponto de doer toda vez que ele está longe, como se eu fosse dependente dele e de certa forma sei que sou, mesmo com ele trabalhando poucas horas por dia em comparação aos machos solteiros.

3 - GROSS - Novas Espécies (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora