Por favor, deixe o seu voto e comentário nesse capítulo final!
■♡■
Passava das dez horas da noite, estava tudo escuro devido às luzes apagadas, e o frio se fazia fortemente presente por toda a cidade. Na cadeira ao lado da cama daquele quarto de hospital estava Mingyu, ainda adolescente e com os cabelos pretos bem curtos. Ele terminava de ler o pequeno livrinho que tinha em mãos, enquanto esperava o jovem ao seu lado acabar sua contínua e diária cessão de uso do telefone e redes sociais.
— Você passa muito tempo ao telefone. — disse, sorrindo ladino ao ver o olhar do menor voltando-se para si, contendo resquícios de soberba e falsa ignorância. — Não vai dormir?
— Está cedo — Jeon falou, com a voz fraca. Ainda que pudesse forçar seu lado bruto diante do mais novo, Mingyu sabia o quão cansado estava depois do longo dia o qual teve. Kim levantou-se, começando a ajeitar o coberto de Wonwoo, para que não tivesse frio. — Não precisa fazer isso, Mingyu, estou bem.
— Sou seu namorado, vou cuidar de você, ok?— O Jeon assentiu, não resistindo, e apenas o permitindo fazer o que quisesse. — Sabe, depois da sua operação, quando você puder sair, vamos tomar sorvete juntos, te levarei para passear, e comeremos comidas muito gostosas, bem melhores que as daqui. Eu até estou aprendendo a cozinhar, só para lhe alimentar bem no futuro, Wonwoo.
Enquanto o Kim falava, Wonwoo apenas o observou, escutando atentamente cada palavra dita, e sorrindo o máximo que podia. Seus olhos brilhavam sempre que estava ao lado de Mingyu, e dessa vez não vinha sendo diferente. O maior cuidou de si por meses, e continuaria cuidando o quanto precisasse. Ele o dava forças, fazia com que Wonwoo sentisse a energia que a muito tempo o tinha abandonado sobre um leito de hospital.
Quando Mingyu arrumou seu gorro, ambos sabiam que estava na hora de dormir. O Kim foi até o sofá, e Wonwoo permaneceu sobre a cama, assistindo seu namorado se acomodando como podia sobre o sofá do quarto, enrolado com os lençóis que trouxera de casa.
— Durma bem, Woo-Hyung — Mingyu falou, sorrindo para o menor, e sendo retribuindo pelo clássico riso soprado de Wonwoo.
— Te vejo amanhã, Gyu.
No entanto, para infelicidade do mais novo, isso não aconteceu. Durante a madrugada, o frágil coração do Jeon falhou, e ele não resistiu até que os médicos e enfermeiros pudessem chegar da área de descanso até seu quarto após escutarem os alarmes dos equipamentos. Tudo o que Mingyu pôde ver foi devido ao desespero dos adultos, que adentraram o quarto em total pânico. Quando finalmente compreendeu tudo, e olhou na direção da cama, só conseguiu ver Wonwoo deitado, com seus olhos fechados, os equipamentos não mais marcando as batidas de seu coração, e a mão dele pendendo para fora da cama.
Ele se desesperou completamente, tentando correr até seu amado, mas sendo contido pelos médicos, que faziam de tudo para tirá-lo dali, e o levar para se acalmar fora do quarto. Mas nenhum deles sabia que Wonwoo ainda estava ali, assistindo toda a cena, e derramando lágrimas de agonia por ver Mingyu em total pânico e desespero. Jeon viu toda cena, estando diante do próprio cadáver.
Foi essa lembrança que lhe tomou a mente anos depois, quando estava ao lado de Jungwoo, do lado de fora da sala de cirurgia, esperando boas notícias sobre Mingyu, mas apenas recebendo o anúncio de seu falecimento pela boca do maldito médico. Ele adentrou a sala, passando por todos, até chegar até onde estava o corpo do Kim, deitado sobre uma maca, ainda aberto devido ao procedimento. E mais uma vez Wonwoo chorava, sofrendo por Mingyu, devastado com a cena.
— É você Wonwoo? — Como já devia imaginar, lá estava ele atrás de si. Mingyu o observava, agora nas mesmas condições em que Wonwoo esteve por mais de duas décadas. Ele não entendia o que estava acontecendo, e muito menos aquilo diante de seus olhos, para ser exato, a ficha só caiu quando escutou o choro de Jungwoo do lado de fora.
VOCÊ ESTÁ LENDO
♡̸᩠ Posso te chamar de Meu? •°❟ NCT
FanficEra o começo de seu primeiro ano, e Jungwoo caminhava em direção ao seu quarto no novo dormitório. Ele estava muito feliz, afinal mal tinha conseguido passar na seleção para a faculdade de artes cênicas. Então aquela era a sua chance de dar início a...