9°Capítulo

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#Carlos

-Você se encontra péssimo, cara! –Limpei uma lagrima solitária que insistiu em cair, porra eu estou chorando. Olhei para o meu melhor amigo sem palavras.

-Eu estou péssimo, perdi a mulher da minha vida. E ainda tenho que almoça com a culpada dos meus problemas. –Eu sabia que a Julia não era a única culpada, o antigo Carlos que não segurava o pênis dentro das calças esse sim foi o real culpado. Eu lembrava da expressão dela de dor me deixando.

-Se recupera aí.... Ela chegou. –Julia veio ao nosso encontro acompanhado de uma outra mulher que eu não faço a mínima de quem seja. Os olhos dela transmitiam pura felicidade, ela jogou os cabelos e me olhou por baixo dos cílios longos. Eu senti raiva de mim e de todas minhas atitudes. Aceitei esse almoço pela minha mãe, que implorou para eu ter um bom relacionamento com a mãe do meu filho. Eu fui informado naquela manhã que a Anny não tinha voltado ainda para o trabalho e eu dei carta branca para ela ficar quantos dias ela precisasse em casa, sem ser pressionada pelo RH. Mas quando nosso olhar se cruzou no refeitório, eu sentir meu mundo se destruindo, porra! E eu estava tão distraído que não percebi que a Julia tinha entrelaçado nossos braços. Me distancie e o Lucas puxou conversa para me salvar do momento constrangedor.

-Podemos ir para um restaurante? –Perguntei querendo sair daquele ambiente. Eu queria ficar de olho na mulher da minha vida, mas eu não tinha esse direito e no momento ela deve está me odiando.

-Acredito que aqui está ótimo, eu fiquei morrendo de vontade de comer feijoada por causa do cheiro. –Julia falou passando a mão na barriga, ela sorriu e eu não conseguir fala mais nada. Procurei uma mesa distante da Anny, enquanto elas colocavam a comida.

-Você poderia ser um pouco mais agradável, sua cara de enterro está deixando bem aparente sua falta de vontade desse almoço. –Revirei os olhos para o meu amigo.

-Eu estou tentando, mas só sinto raiva e um vazio sem tamanho. Eu nunca vou assumir ela, eu vou assumir meu filho. Porra quem eu quero engana! –Lucas olhou para a direção da mesa onde estava a Anny e Samantha.

-Nós não merecemos elas. Elas são aquele amor perfeito de verão, intenso e apaixonante, mas que não durão. Eu sei o que você sente, eu também sinto. –Olhei chocado com a fala do Lucas, ele ama a enfermeira também.

-Nesse refeitório tem uma variedade imensa de comida, tenho que me controlar se não esse rapazinho vai fazer eu engordar 5 quilos, e eu preciso está perfeita para a semana da moda do ano que vem. –As mulheres retornaram, eu ignorei metade da conversa da mesa, a futilidade, eu queria ainda está na minha sala com a minha mulher de lingerie.

[...]

Os dias se tornaram semanas, e eu sentia falta dela em cada momento da minha vida. Parecia que ela estava disposta a não se encontrar mais comigo e eu sabia que não tinha o direito de deseja a presença dela, mas eu sou egoísta. Minha mãe estava planejando um chá de alguma coisa com a Julia para aquele final de semana. A única coisa que fazia a escuridão ir embora era a Lara, então naqueles últimos dias eu passei muito tempo com a minha filha.

-Você vai passar mais quantos dias olhando essa carteira de trabalho? – O filho da puta do meu amigo me tirou do meu devaneio.

-Eu não posso assinar, é como se eu estivesse abrindo mão dela! -Olhei para o meu copo de whisky, eu sabia que meu terno estava todo amassado e que eu estava cheio de olheiras de várias noites mal dormida.

De repente é paixão (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora