De repente é paixão (Reescrevendo)

21° Capítulo Carlos- Verdades descoberta?

Me sentei em uma das cadeiras da sala de visita do hospital. Transtornado é assim que estou. Não posso acreditar nas palavras da Sophia por mais que elas pareçam verdadeiras.
Porra, a Débora é a minha mãe e é ela cuidou de mim quando ninguém mais me queria. Ela sempre esteve lá, não tenho o sangue dela mas ela sempre deu o dela por mim. Meu celular apitou, o peguei. Uma notificação do Gmail, abrir e encontrei uma mensagem do Brown.
De: Brown W. Jackie
Assunto: Beatriz Mendez
Data: 22/02/2017
Para: Carlos Gutier
"Carlos fui ao encontro do médico que atendeu a Bia naquele dia. Ele não trabalha mais no hospital, a enfermeira porém ajudou no parto e na cirurgia da Beatriz. Ela me contou que a Bia já chegou com nove de dilatação e gritava muito de dor, a bolsa já havia estourado a meia hora. Achei estranho porque sua mãe estava com ela naquele dia, e se não me engano elas estavam próxima do hospital. Não teria como a Bia demora para chegar, lembro que sua mãe contou que optou pelo hospital mais próximo, por isso não foi para o seu hospital. A enfermeira me contou que a cirurgia foi um sucesso e a Bia acordou depois dela bem, porém depois de duas horas entrou a Julia no quarto e saiu e depois sua mãe entrou. Não entendo como elas conseguiram entram sendo que a Bia estava no tratamento intensivo, nem você pode entrar quando chegou um pouco depois. A Bia morreu as 22:15 PM foi o que o médico disse porém no laudo médico ela morreu as 21:40 PM. E agora o médico simplesmente desapareceu? A enfermeira me falou que aquele médico esteve uns dias antes nesse hospital com sua mãe e depois que a Bia morreu ele pediu demissão e sumiu."

Encarei o email por muito minutos, não posso acredita nisso. Minha mãe não seria capaz de machucar ninguém. A Sophi veio para Nova York com medo dela? Será que isso é verdade.
-Carlos? -Meus olhos ainda encarava o celular quando escutei aquela voz.
- Pai o que o senhor faz aqui? -A última pessoa que eu espera encontra hoje. Meu pai sempre foi um homem certo e amável, mas nos distanciamos quando eu comecei a aprontar.
-Precisamos conversar! -Ele falou sério. Engoli em seco, eu sei que o que ele me contar vai mudar muita coisa. Assentir ainda atordoado. -Tem um café aqui perto.
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-Não acredito que você não me contou que é meu pai de verdade. -Falei com uma raiva fora do comum.
-Eu era novo filho e fui influenciado. A Débora já era minha mulher mas para ela o dinheiro valia mais que nosso relacionamento. Então conheci a Silvia em uma festa de casamento de um grande amigo meu, empresário. Ela era jovem com uma beleza pura, eu me sentir atraído por ela na hora. Eu nunca tinha traído a Débora apesar de não ter me casado com ela por amor e sim por conveniência. Silvia no começo não me aceitou, porém eu insistir. Nos encontramos por meses seguidos, eu já estava pronto para deixar a Débora quando ela me contou que estava grávida. Fiquei transtornado, eu não queria filhos e eu a Débora decidimos não ter e então a Silvia engravida, pensei na empresa e como eu pagava todos os remédios anticoncepcional ela. Eu não poderia ter um filho naquele momento. Contei para Débora que a estava traído ela já sabia mas não comentada até aquele momento. Ela deu a idéia de tirar o bebê da Silvia e dizer que ele era adotado para evitar falatórios. E assim foi a Débora deu dinheiro para a Silvia sumir e ela aceitou deixando você para trás. Três dias depois encontraram ela morta em um hotel de beira de estrada.-Não conseguir dizer nada apenas fiquei olhando para o meu pai, esperando ele rir e dizer que é mentira. -Desculpa filho por tudo.
-Por que veio me contar isso agora? -Perguntei derrotado.
-A Sophia está em perigo...-Arregalei os olhos, acho que já escutei isso de várias pessoas. Mas do meu pai fez meu coração aperta.
-Por que? Todo mundo me diz isso mas não conta o motivo. -Apenas a Sophi.
-...A Débora te criou sobre uma proteção, ela não gostava de babás cuidando de você e professoras. A maioria dos seus professores era homens. Ela não gostava de te ver brincando com meninas. Mas eu achava que era proteção de mãe até no dia que ela bateu em uma menina de sete anos que te beijou. -Enquanto ele falava eu lembrava de tudo. Sim, ela sempre foi super protetora. -Eu briguei com ela e ela respondeu que você era dela. Tentei me convence que ela só estava cuidando de você. Mas não, eu lembro como ela ficou irritada quando descobriu da gravidez da Bia, ela queria repetir o ato que aconteceu com sua mãe porém eu não deixei. Ela está obcecada por você e eu vim te avisar que ela não parar por enquanto que não consegue o que quer. Ela está aqui em Nova York, recebi uma mensagem do cartão de crédito dela. Avisando que ela tinha comprado duas passagem para Nova York. Uma na segunda passada...-Foi o dia que a Sophi sumiu.-... E outra no dia que você veio para cá. Ela tem que ser encontrada e eu vou mandar ela para uma clínica para se tratar. Ela está descontrolada Carlos.
A Sophia tinha razão, minha mãe é capaz de qualquer coisa.
-A propósito parabéns pelos bebês. Temos que protege meus netinhos! - Sorri tenso. Minha cabeça está dando voltas, eu não posso acreditar. - Filho, eu cometi e erros imperdoáveis. Eu perdi o amor da minha vida, mas ela me deixou você e por mais que eu não demostre tanto, Eu te amo.
- Eu sei pai. -Falei com a voz baixa. - E eu amo vocês. Não posso acreditar que minha mãe e louca. Você acha que a Bia morreu por causa dela?
- Como eu te falei, a Débora é capaz de qualquer coisa para conseguir o que quer. Ela não vai parar enquanto não conseguir. Meu celular tocou me tirando dos meus pensamentos. O número desconhecido brilhou na tela.
"Alo? - Perguntei sentindo uma sensação claustrofóbica.
- Meu amor! -Engoli em seco.
- Mãe?
-Ela já está comigo querido! -Olhei em pânico para o meu pai.
-Quem?
- Aquela aproveitadora. Vou acaba com ela, ela não vai te tirar de mim. Quando isso acabar, vamos ser apenas eu e você. -Ela falou com uma voz doce e estranha. Ela está realmente perturbada e desligou. Me levantei e sair correndo, preciso saber que a Anny está bem. Cheguei em tempo recorde no hospital e me desesperei com a movimentação da polícia.
-CARLOS? -Olhei para a Anna que vinha do corredor chorando. -Ela desapareceu. -Não! NÃO!
- O QUE PORRA? COMO ASSIM DESAPARECEU? -Me sentir descontrolado.
- Ela simplesmente não está no hospital. Em lugar algum, ninguém sabe aonde ela foi parar. Quando eu cheguei ela não estava mais. -Cair de joelhos e chorei. Eu sei com quem ela está. Meu pai se agachou do meu lado e me olhou aterrorizado, ele nunca me viu assim.
-Ela está com a Anny! -Sussurrei em pânico. -Pai a Débora levou a Sophia!

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