Capítulo 33 - Duda

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Fizemos a mudança em tempo recorde. _ Bruno só mais uma caixa e acabamos.

_ Já estou cansado.

_ Para de reclamar, rabugento.

Lourdes entra. _ Duda vamos montar o quarto das crianças?

_ Lourdes, quero as crianças pertinho de mim, por isso vou colocar seus berços em meu quarto.

_ O quarto dos bebês vai ficar tão lindo, vamos montar o quartinho deles?

_ Sei que vai ficar lindo o quartinho deles, mas por enquanto quero eles pertinho de mim.

_ Quando coloca algo na cabeça não tira, então fica com o maior quarto e não falamos mais sobre isso.

Fiquei com o maior quarto da casa, Lourdes insistiu para que eu fizesse o quarto dos bebês, mas preferi tê-los ali pertinho de mim, então montei dois ambientes no mesmo cômodo.

O tempo passa rápido nesses últimos dias e mamãe e vovó chegam hoje uma semana antes do parto.

Estou com Bruno no aeroporto esperando ansiosamente o desembarque delas, quando as vejo choro. _ Ei minha filha para com isso, vai fazer mal para os meus netos.

Recebo um abraço apertado, deito a cabeça no ombro da minha mãe e fico sentindo sem cheiro, tentando acalmar meu ânimo, recebendo carinho, eu estava muito mexida e sensibilizada chorei um pouco, aliás chorei muito me senti culpada e sem rumo.

Vovó chega perto. _ Larga a sua mãe e vem me abraçar também e pare com o chororo.

_ Muitasssss saudades vovó. _ Vou até a minha avó e recebo seus afagos.

Bruno chega perto. _ Prazer em conhecer vocês, sou o Bruno.

Vovó sendo ela comenta. _ Fica calmo rapaz, sei que você não é o pai dessas crianças.

_ Duda amei a sua avó, ela é bem discreta.

_ E como.

Bruno por ser bem alto e vovó baixinha da um abraço de urso nela a suspendendo no ar. Vou te levar para casa.

_ Me coloca no chão, menino abusado. _ Rimos e vamos para a minha casa.

Lourdes preparou um almoço delicioso para recepcionar a minha família, ela e mamãe conversam sem parar.

Depois do almoço sento no sofá e estico as pernas, vovó vem senta ao meu lado. _ Querida, sei que não que falar sobre isso, uma hora o destino bate na porta.

_ Acho meio difícil isso acontecer.

_ Cada um de nós temos uma história, escreva a sua sabiamente.

_ Tá filosófica hoje.

_ Não estou, isso chama vivência de vida. Vai ter isso também com o passar do tempo.

_ Ele não me quis, acho difícil que queira os meus filhos.

_ Querida os filhos são dele também, ele não tem a opção de querer ou não.

_ A minha situação é complicada.

_ Claro que é, só não a complique mais.

Minha mãe e Lordes vem sentar perto de mim, alisam minha barriga, conversam com ela. __ Lindinhos da vovó e da biza.

Essa semana voou e um dia antes chega Glaucia minha médica e amiga, veio para acompanhar a cesariana.

Glaucia bate na porta e entra no meu quarto toda sorridente. _ Vamos conferir sua pressão?

Sento na cama e estico braço. _ Estou animada para amanhã, sabe que levanto até três vezes durante a noite para ir ao banheiro.

_ É logo vai levantar para dar mamadeiras_ ela sorri para mim. _ Quer que eu avise o pai das crianças.

_ Sabe que não.

_ Eu sei, mas precisava perguntar.

Sou internada bem cedo, logo a minha médica chega junto com a Glaucia. _ A mãezinha linda, pronta?

_ Pronta e animada.

Minha avó e mãe me beijam _ Vai dar tudo certo, nós te amamos.

Vou para o centro cirúrgico e Bruno está esbaforido ao meu lado, até parece o pai dos bebês.

Glaucia brinca com ele. _ Não vai desmaiar, se passar mal senta ou saia da sala, por que não podemos parar a cesárea para te socorrer.

_ Prometo, não vou desmaiar.

A anestesista se apresenta e os dois pediatras neonatais que irão segurar as crianças ao nascer,

Bruno está ao meu lado todo sorridente quando me aplicam a anestesia, me colocam deitada e meu amigo segura a minha mão, conforme vão me cortando ele dá um aperto e olho para ele que está branco.

_ Ei Bruno, você está bem?

_ Essstoooouuuuu. _ Ele solta a minha mão e escuto o baque no chão, não acredito que ele desmaiou.

Escuto ao longe a entrada de uma enfermeira. _ Queda de pressão.

Glaucia dá as ordens. _ Leve ele para a sala ao lado, assim que os bebês nascerem vou cuidar dele.

Ouço o chorinho ao longe, o pediatra neonatal passando ao meu lado e me mostra o primeiro pacotinho. _ Duda, o primeiro que nasceu é um menino lindo.

Logo vem o outro pediatra neonatal me mostrar._  Mamãe essa é uma menininha.

Glaucia chega perto e passa a mão em meu rosto. _ Parabéns mamãe, são saudáveis e lindos.

Respiro fundo e entro em um sono leve tudo correu como previsto e quando acordei fiquei sabendo do show dado pelo Bruno quando recebeu a notícia que os bebês na verdade era um casal, um menino e uma menina, lindos.

_ Uma garotinha e garotinho, aí que tudo, rosa e azul, carrinhos e bonecas, vai poder se divertir, eu junto claro. Tio Bruno.

Cheguei no quarto ainda meio grogue sem poder levantar a cabeça por causa da anestesia.

_ As minhas pernas parecem que estão emborrachadas,

_ Efeito anestesia.

_ Os bebês?

_ Vão passar a noite na UTI neonatal.

Fico preocupada e Bruno todo empolgado veio me acalmar. _ Não fique despreocupada é só rotina.

Volto a cochilar, ouço Bruno se despedir, vovó e mamãe passam a noite comigo, desde a minha conversa com a vovó ninguém falou mais sobre o Paulo ou a gravidez.


Espero que gostem, votem, comentem.

Volto na quarta-feira com mais um capítulo.

Bjossss açucarados.

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