𝟓𝟏

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O TEMPO QUE Zara tanto ansiou havia chegado

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O TEMPO QUE Zara tanto ansiou havia chegado. Fazia alguns minutos que o doutor Ross tinha liberado Zayleen à receber visitas. Naquele exato momento, sua irmã mais velha caminhava pelo extenso corredor ao lado de Owen, ambos com as respirações ofegantes e carregando os corações na mão. Depois de tantas horas completamente agonizantes, ao menos um momento bom poderia ser vivenciado pela família. Os amigos da morena combinaram de entrar no quarto pra ver a pequena logo após que ela permitisse. Afinal, precisava de um momento a sós com sua menina. Zara realmente precisa se segurar para não deixar as pernas vacilarem. O nervosismo presente em seu corpo estava prestes à lhe explodir.

Entre os dedos e a irresistível força que Zara está colocando nas mãos para que não tremam feito papel, ela carrega o pequeno Stitch. Sabia que apenas algumas horas sem aquela pelúcia poderia ter tirado os últimos resquícios de esperança na sua caçula. Por isso, sente que era quase um dever entregar aquele amuleto da sorte à ela. Agradeceu mentalmente à forças divinas pela garotinha ter deixado aquele objeto tão precioso com a mais velha.

Então, como se estivesse em frentes às portas do céu, Zara paralisou. Seus dedos que seguravam a pelúcia com força apertaram a mão grande de seu pai e seus olhos assustados procuraram por conforto nos dele. Ele a encarou de volta, confuso pela tão repentina reação de sua menina.

— Eu tô com medo, pai — Confessou. — Não sei se vou aguentar vê-la naquela maca.

A expressão perdida de Owen se aliviou e ele respirou fundo, apertando seus dedos em volta da mão menor da garota. Conseguiu passar um pouco de segurança de pai para ela, que ainda assim, tinha medo transbordando pelos olhos.

— Ela é forte, Zara. Nossa Ziza está bem. — Direcionou sua atenção para as portas fechadas na sua frente. — Precisamos estar fortes agora, também.

A morena engoliu o choro que insistia em escapar de sua garganta e concordou com a cabeça lentamente. Owen se aproximou da filha, deixando um beijo em sua cabeça na procura de reinicia-la por um momento. Teve êxito, pois viu Zara respirar fundo e passar as mãos nos seus cabelos, antes de murmurar que estava pronta e receber um sorriso orgulhoso de seu pai.

Owen empurrou a porta do quarto de Hospital e adentrou o cômodo primeiro. Zara, tão nervosa como se fosse uma criança prestes à entrar em sua primeira escola, deixou as inseguranças naquele corredor e seguiu a mesma direção de seu pai. Seus olhos que estavam fixos ao chão, rapidamente sobem e buscam desesperadamente pela conexão da sua menina. O coração bate tão forte que parece que seu peito iria explodir.

As pernas fraquejam, as mãos estremecem feito terremoto e sua espinha congela. Os olhos castanhos escuros se encontram com os amendoados feito choque de trovão. Sua garotinha estava ali, com o mesmo sorriso de sempre e melhorando cem por cento a energia daquele ambiente e seu humor. Zayleen estava bem e mais linda do que nunca.

— Zazi! — Ouvir sua voz foi como escutar as trombetas dos anjos. Os olhos se enchem d'água e o sorriso radiante no rosto aumenta.

— Oi, meu amor — Zara se aproxima da maca, olhando pro seu pai que estava por perto, com as mãos enterradas nos bolsos da calça e um semblante emocionado.

𝐂𝐇𝐀𝐍𝐆𝐄𝐒, 𝗺𝗮𝘆𝗯𝗮𝗻𝗸. ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora