Capítulo Quatro

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Beatriz abre a porta do seu apartamento, feliz por estar em casa, depois de uma caminhada cansativa embaixo de um sol forte. Seu apartamento – que não passava de um cubículo de quatro cômodos – estava agradavelmente refrescante.

Ela deixou sua chave com um chaveiro de macaquinho em cima do prato no criado mudo que ficava na entrada e tirou sua mochila amarela das costas, bocejando. Tinha se acostumado a dormir tarde todos os dias, assistindo maratonas de filmes em seu notebook. Era difícil voltar a rotina de acordar cedo e ir para a escola.

Podia tirar uma soneca antes de começar a arrumar a casa.

Esse era o lado ruim de morar sozinha com a tia. O trabalho doméstico ficava todo nas suas costas, pois sua tia ficava o dia todo fora trabalhando, como secretária em uma empresa de administração. Ela bem que queria estar morando com seus pais, só que eles decidiram morar na África do sul, para trabalharem no seu projeto de levar educação e água potável para os menos favorecidos. Como as condições de vida na cidade para onde eles foram não é muito boa, decidiram que o melhor era Beatriz ficar morando com Mona, irmã mais nova da sua mãe, pelo menos enquanto ela termina os estudos e decide o que vai querer ser da vida.
Foi muita bondade da sua tia solteira aceitar uma adolescente morando com ela, ninguém mais aceitaria isso.
E Beatriz era muito agradecida a ela.

Não foi tão ruim ser deixada para trás. Beatriz tinha certeza que não iria se adaptar a nova vida em um novo país, sem suas amigas para enfrentar os desafios com ela. E morar com sua tia também não era nada mal. Elas se davam muito bem.

Beatriz está à ponto de entrar no seu quarto, que fica logo na entrada, quando o som de algo batendo com força na parede chama sua atenção. O barulho vem de dentro da casa, o que não é nada bom. Era para ela estar sozinha a essa hora. Um ladrão teria invadido a casa? Ou seria seu gato, Thor, fazendo bagunça?

Ela olha em volta e vê Thor, gordo, peludo e laranja, dormindo tranquilamente em cima do encosto do sofá da sala apertada. Já podia descartar essa possibilidade.

Outro baque alto e um gemido. O coração de Beatriz acelera. O que estava acontecendo na sua própria casa? Pensamentos horríveis invadem a sua mente. O som está vindo do quarto da tia. Será que Mona foi sequestrada e obrigada a trazer o bandido para o seu apartamento, onde ele a está estuprando sem parar?

É uma ideia nojenta e bem possível. Mona é linda e atraente, um psicopata podia estar de olho nela.

Beatriz se aproxima do quarto da tia, adjacente ao seu. A porta está entreaberta e ela dá uma espiada lá dentro, preparada para sacar o celular e chamar a polícia se for o caso.

Sua tia realmente está lá, completamente nua, com o corpão dourado brilhando de suor, enquanto um cara está às suas costas, igualmente suado, metendo seu pau nela. Só que sua tia não parece estar sofrendo ou sendo forçada a isso. Ela parece, bem, estar gostando.

- Ah...! – Mona geme alto, se segurando na sua cômoda de madeira, que bate na parede toda vez que o cara a balança com força contra ele.

- Cachorra! – ele rosna, batendo na bunda de Mona, entrando e saindo dela com rapidez, o corpo musculoso, rígido, a cara contorcida de prazer – você é minha cachorra?

- Eu sou sua cachorra! – Mona responde com a voz ofegante de tesão – sou sua cachorra! – ela balança violentamente, os peitos fartos pulando para cima e para baixo.

Beatriz fica parada ali, do lado de fora, olhando a tia trepar com esse cara que ela nunca viu na vida. O certo seria ela sair dali, deixar os dois continuarem a fazer o que estão fazendo em paz, mas, de alguma forma ela não consegue. Beatriz nunca viu um filme pornô na vida, nem mesmo gostava de filmes que tinham cenas de sexo explícitas. Essa era a primeira vez que ela via uma cena de sexo e bem... Ficou meio excitada.

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