Capítulo Trinta

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*Esse Capítulo contém cena de sexo bruto, dominação e submissão. Apenas um pouco de sadomasoquismo. Tenha mente aberta!

*

Beatriz chega em casa na quarta-feira, ouvindo barulho de copos tilintando e conversa vindo da cozinha. O que não é muito comum para um dia de semana. Raramente sua tia vinha almoçar em casa – não depois daquele episódio. Será que tinha acontecido algo?

Ela entra na cozinha e vê sua tia, vestida toda de social, com uma saia lápis preta e camisa de seda rosa, sorrindo e agarrada a um Ian igualmente sorridente, com roupas casuais. Eles se beijam e depois notam Beatriz ali quase ao mesmo tempo. É meio difícil ver a tia beijando Ian, depois de tê-lo beijado tantas vezes.

- Oi, Bia – Mona a cumprimenta sem tirar o sorriso do rosto – que bom que você chegou, porque temos notícias maravilhosas!

Beatriz olha de um para o outro sem entender nada, esperando que a tia continue.

- Ian conseguiu o emprego! – ela quase grita, pulando nos braços de Ian – não é maravilhoso? Depois de tanto tempo, e de tantas respostas negativas, ele finalmente teve um resultado positivo!

Beatriz sorri sinceramente.

- Nossa! Parabéns, Ian – ela dá a volta na mesa e se aproxima dele, lhe dando um abraço. Ele solta a tia dela para lhe retribuir o abraço e os dois se olham com um clima pintando no ar.

Então ela se lembra de Mona e o larga rapidinho, corando de vergonha.

- Parabéns – ela repete, acanhada, tomando distância dele.

- Vamos comemorar – sua tia quebra o clima estranho. Se ela notou algo anormal, não disse nada.

Mona enche três taças longas com champanhe e distribui para cada um.

- Hã, tia, eu não posso beber – Beatriz afasta a taça dela.

- É uma ocasião especial, não tem problema beber um pouquinho – ela aproxima a taça dela outra vez – não conto nada pros seus pais – ela pisca para a sobrinha.

Se os pais de Beatriz soubessem de tudo o que a tia fazia de errado com ela, já a teriam exportado para a África há muito tempo.

Beatriz bebe um pouquinho da sua champanhe, que tem um gosto bem agradável. Bem melhor que as cervejas chocas que ela bebeu vez ou outra em alguma festa.

- Hum... – sua tia para no meio de um gole – preciso te dar alguma coisa especial por isso – ela se dirige a Ian.

- Não precisa me dar nada, Mona – Ian fala modestamente – não é grande coisa. Eu nem sei se vou ser efetivado.

- É claro que vai – Mona bate de leve no peito dele – e você precisa de um presente de boa sorte. Mas o que eu posso te dar? – ela estreita os olhos pensativa.

- Você podia me dar essa bocetinha gostosa pra comer a noite toda – ele fala perto do ouvido dela, mas não baixo o suficiente para que Beatriz não escute.

Mona engasga com a bebida.

- Ian! Você não pode falar dessas coisas perto da minha sobrinha – ela gesticula para Beatriz, que encara seu champanhe, fingindo não ter ouvido nada.

- Ah, Beatriz já é bem grandinho para saber como se fazem os bebês – ela olha para cima no segundo que Ian lhe dá uma piscadela cúmplice.

Muito mais do que saber, ela sabe fazer, pensa Beatriz, voltando a encarar sua taça. Ela bebe mais um gole, grande, dessa vez.

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