Capítulo Vinte e Seis

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Angeline desce as escadas da sua casa. A noite tinha acabado de cair e ela estava totalmente entediada. Domingo era um dia horrível porque sua mãe e seu padrasto ficavam em casa e ela tinha que manter distância de Diego. A agonia de vê-lo e não poder tocá-lo, beijá-lo, a fazia se trancar no seu quarto o dia todo. Ela conversou com as amigas por mensagens, mexeu no Facebook e no Twitter e tirou um milhão de fotos fazendo cara sexy para postar no Instagram. Agora seus olhos estavam doendo e ela precisava dar um tempo da internet.

A casa está às escuras, iluminada somente pela luz da televisão que vem da sala. Angeline tem medo de entrar na sala e encontrar sua mãe e
Douglas se agarrando. Ela não precisa ficar com vontade de vomitar antes de comer alguma coisa. Presta atenção nos barulhos. Nada que se assemelhasse a barulhos de beijos ou sexo – eca! – então ela decidi ir para lá.

Diego está sentado no sofá sozinho, com uma tigela de pipoca no colo, os olhos grudados na tela grande da tv da sala. Angeline se encosta no batente da porta e o observa todo largado e com o cabelo desgrenhado.
Ela ama o jeito desleixado dele.

Diego nota a presença dela e sorri.

- Oi – diz ele – está aí há muito tempo?

- Não, acabei de chegar – ela adentra mais a sala e se senta apropriadamente no braço do sofá – onde estão os nossos pais? – ela se curva para pegar um punhado de pipoca, deixando a mostra, de propósito, o decote da sua blusinha.

Claro que os olhos de Diego voam para lá, famintos. Ela não estava usando sutiã.

- Eles acabaram de sair. Foram no mercado – conta ele, comendo a pipoca e olhando os peitos dela ao invés da televisão.

- Hum – diz Angeline, se sentindo livre para sentar ao lado dele – quer dizer que temos um tempo à sós? – ela ergue uma sobrancelha, colocando a mão na perna dele.

Diego olha para sua mão, um tanto receoso.

- Acho melhor a gente não fazer nada – ele fala, se remexendo no sofá – o mercado não fica muito longe daqui.
Eles podem chegar a qualquer momento.

Angeline faz um “tsc” com a língua.

- Não seja medroso, eles provavelmente foram fazer uma compra grande e vão demorar para chegar – ela tira a tigela de pipoca do colo dele, a deixando no sofá ao seu lado. Sobe nele, colocando uma perna de cada lado do seu corpo – fiquei com vontade de fazer isso o dia todo – ela fala com o nariz encostado no dele.

Diego afaga suas costas, não resistindo a ela.

- Eu também – ele fala, lhe dando um beijo.

Angeline vibra por dentro. É bom saber que ele sente falta dela. Ela precisa disso, precisa que ele a queira tanto quanto ela o quer. Angeline está totalmente caída por ele, como nunca ficou por ninguém, e esse sentimento a deixa vulnerável. Ela não se sente mais como a garota durona e poderosa que deixava os caras aos seus pés. Ao invés disso, ela está beijando o chão dele.

- Diego – ela fala baixinho, se sentindo tímida, como ela nunca ficou por ninguém e fica por ele – eu preciso saber.

- Saber o quê? – ele a beija e faz carinho nas suas costas, o que a deixa mais sensível do que já está.

Tomando coragem, ela olha bem fundo nos olhos dele.

- Preciso saber que isso significa alguma coisa para você. Que você tem sentimentos por mim, não que está transando comigo só por diversão. Eu preciso saber se eu estou ou não me iludindo, porque... Eu estou completamente apaixonada por você.

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