Liberdade & Caos [CONCLUÍDO]

Imprudência

Olá amiguinhos, esse capítulo está muito pesado, pois contém violência explícita. Então já adianto para vocês lerem por sua conta e risco.
Beijinhos.💕
Boa leitura.

"Lembra quando você tentou me sacanear?
Lembra quando você achou que eu aceitaria como uma derrota?
Você não lembra? Você achou que eu precisaria de você
Siga o procedimento, se lembra? Oh espere, você teve amnésia
Foi uma época de batalhas, de cicatrizes
Corpo cansado, exausto
Apunhalada nas costas, pegando fogo."
– Bad Blood: Taylor Swift.

Gatilho.

Palavra certa para o que aconteceu comigo no exato momento em que a Halery me conta o show de horrores que foi seu relacionamento com aquele monstro.
Inúmeros gatilhos surgem em minha memória, traumas e emoções acabam virando sintomas irreversíveis dentro de mim. Foi difícil guardar tudo o que eu sentia e depois escancaradamente o meu passado vir à tona, era como se a luz me sugasse para a escuridão novamente, aquela casca grossa que eu criará, fosse derrotada. Era como se um prédio de vários andares se desmoronasse. Eu achava que tinha psicológico para ouvir os relatos, mas percebi que estava fraca.

Eu e a Halery nos tornamos mais fortes para enfrentar o ex namorado merda que tínhamos.

Depois do relato. Os pesadelos voltaram a acontecer, flashs das vezes que ele tentava me tocar mesmo contra minha vontade, das vezes em que ele dizia que ninguém jamais me amaria como ele me ama, quando ele bebia e ficava agressivo verbalmente. Lembro-me muito bem das vezes em que suas palavras ácidas ecoavam em meus ouvidos me deixando totalmente impotente das minhas ações. Era péssimo esconder o que estava acontecendo para meus pais, pois um medo avassalador ocorria em ele tentar algo contra eles. Era terrível em festas de família ele dar sinal para eu não falar nada.

Mas quando eu chegava em casa, era como se todo aquele peso fosse dissipado. Entrava no chuveiro e chorava bastante, como se a água lava-se toda a ferida interna no meu coração e aliviasse a dor aguda e agonizante que estava sentindo.

O Bryan era como a ponta afiada de uma faca, cujo se você não soubesse manejar, te cortava em pedacinhos. Ele sabia os meus pontos fracos e fazia questão de mostrar eles.

Eu não sei como consegui conviver com ele esses anos todos. Como eu acreditei em cada palavra hedionda dele. Me dava náuseas lembrar das vezes em que o beijei, dos primeiros anos de juras de amor que fizemos um para o outro, das vezes em que ele me colocava sobre seu colo e dizia o quanto me faria feliz.

Eu não acredito que acreditei em cada palavra sua. Como ele tinha coragem de prometer coisas e ser contraditório? Parece que ele amava machucar os outros... não tem como culpar a família por ele ser assim... a família dele não era disfuncional, muito pelo contrário, eram unidas, cuidavam um dos outros.
Bryan sempre foi um mimado. Sempre teve o que quis, não era acostumado em ouvir um "não". Por causa disso, achava que podia sair machucando os outros quando não conseguia o que queria.