Liberdade & Caos [CONCLUÍDO]

Coração Despedaçado

Gente, este capítulo é gatilho, aborda sobre Relacionamento abusivo, contém ofensas pesadas.
Se isso fizer reviver algum tipo de trauma aconselho procurar acompanhamento psicológico.

"Coração partido é como espelho quebrado, por mais que junte os pedaços, ele nunca voltará a ser perfeito."
– Desconhecido.

Subo às escadas não achando nenhum banheiro. Até que encontro um quarto com a porta entreaberta, abro e vejo um casal se pegando em alta na cama.

— Desculpa. — expresso um pouco alto demais, os dois me olham com olhares arregalados.

Meus olhos se arregalam fazendo transbordar em água. Uma lágrima involuntária desce não acreditando na realidade que estou presenciando...

— Não acredito nisso...— única coisa que consigo pronunciar. Sinto minhas mãos suarem, lágrimas rolam de forma ininterrupta, sinto minha boca amargar.

Acho que estou com uma puta vontade de vomitar.

Os dois continuam estatelados, somente olhando para mim. Aquilo já estava me dando nos nervos.

— Olívia? Bryan? Como? Por quê? — fico com voz trêmula, era somente isso que conseguia pronunciar. Nada além.

Os dois se levantam, vestem suas roupas como se não estivessem ninguém ali. Como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Até que Bryan começa a falar.

— É isso mesmo que você viu. O quê? Vai chorar agora? — ele demonstra arrogância, esboçando um sorriso sarcástico.

— Bryan! — Olívia repreende.

— O quê? Vai usar frases clichês agora? "não é o que você está pensando"! — ele remenda e gesticula com as mãos. — Faça-me o favor, né Olívia?

— Meu deus Bryan, como você consegue ser tão escroto? — ela se faz de vítima com a situação.

Depois de muito tempo, parecendo discussão de casal, ela finalmente nota a minha presença.

Olívia tenta me abraçar como sinal de rendição, mas afasto seu corpo com expressão de nojo esboçado em meu rosto.

— O que você está tentando fazer sua cobra? — grito com ela.

— Isso Olívia, sinta pena, tenta abraçar, para ela você é uma vadia. — Bryan coloca lenha na fogueira.

— Amiga, me desculpa. — choraminga copiosamente.

— Desculpa? Como você tem esse atrevimento? — brado com ela.

Bryan então a abraça. Olha para mim e dá seu sorriso perverso.

— Viu o que você fez? Amber? — aponta seu dedo podre para mim e depois para Olívia com o sinal para vê-la chorar.

Ele beija a testa dela e vem em minha direção, ficando mais próximo do que deveria.

— Sabe por que eu te traí, Amber? Porque você era minha cadelinha que nunca bateu de frente comigo. Desde o primeiro encontro sempre que discutíamos você vinha com seu papinho " tenho transtorno de ansiedade", eu não aguentava mais. — seu hálito de álcool era visível, seu tom de voz era ácido e seu sorriso presunçoso era esboçado em seus lábios diabólicos, fazendo o meu estômago embrulhar. estava controlando minhas lágrimas. Um sentimento de raiva, nojo, se apossou dentro de mim, porém não consigo fazer nada.— Olívia não foi a primeira nem a última. Eu cheguei sim a gostar de você em um certo momento, mas depois deixou a desejar. Eu só namorei contigo, porque você é uma puta de uma gostosa, tinha desejo de te comer de todas as formas possíveis. Pois ruiva natural e linda como você é rara! — ele põe sua mão imunda no meu corpo lentamente. Eu não consigo impedir, não consigo dar ataque histérico, não consigo me mover de tão chocada dele está falando essas barbaridades com tanta naturalidade.

Ele aproxima-se  do meu ouvido, sussurra:

— Ninguém nunca vai te amar se continuar dessa forma frágil e ingênua que você é. Se paga de durona, mas quantas vezes te vi chorar? Me desculpa gata, mas essa é a realidade.

Olívia continua vendo tudo, permanecendo calada.

— Eu não sei como fui me apaixonar por você. Você é podre, imundo. Eu te odeio, você é um grande filho da puta!  — grito com ele. Minha garganta dói de tão alto que falo, minhas lágrimas rolam sem parar ao ponto das minhas vistas ficarem embaçadas.

— Odeia mesmo? Amber? Não foi você quem disse que me amava? — mostra sarcasmo.

Só consigo chorar, nada além.

— Só mais uma coisa sua vadiazinha, você transa mal, beija mal. É por isso que ninguém nunca vai amar você. — puxa Olívia beijando-a na minha frente.

Ele aproxima-se de mim, puxando-me pelos cabelos, me jogando na cama.

— Me desculpa, Am. — Olívia sussurra em meu ouvido, antes de ser puxada por ele para se retirar.

Os dois vão embora.

Levanto da cama, sento no chão me derramando em lágrimas.

Olá meus amoressss, tudo bem com vocês?
Estou com dó da Amber, qual foi a reação de vocês lendo essa parte? Me contem nos comentários.❤️
Se gostaram do capítulo votem nele, ficarei bastante feliz😍
~ Jéss ❤️