Liberdade & Caos [CONCLUÍDO]

Seguir em frente

"Te esquecer é a tarefa mais difícil para mim, porque você era a luz que iluminava minha escuridão."
– Liberdade & Caos.

Por mais doloroso que fosse, precisei esquecê-la. Fazia-se um mês em que eu e a Amber não nos falávamos ou até mesmo nos encontrávamos. Isso estava me matando por dentro. Mas era necessário para o processo de cura ser eficaz. Eu a amava, mais que tudo. Porém não valeria de nada eu estar chorando todos os dias sentindo sua falta e bebendo a beça, usando quatro maços de cigarros, não é mesmo?

Depois que conheci Amber Brooke minha vida não foi mais a mesma. Comecei a perceber o quanto evolui de uns tempos para cá. Não via mais sentido sair transando com qualquer uma ou beijando, comecei a respeitar muito mais as mulheres, cujo antes não fazia isso direito. Tornei-me um homem mais maduro e independente.

A menina em que me envolvi a um mês atrás na boate, chamava-se Evelyn e é uma mulher incrível. Começamos a sair algumas vezes e percebi o quanto ela era inteligente. Já era formada em literatura, estava fazendo mestrado fora do país. Evelyn era o verdadeiro significado de perfeição, eu estava completamente encantado por ela.

Contei a ela tudo o que aconteceu entre eu e minha ex, e ela esteve comigo sempre, nos tornamos amigos, até que um dia ela acabou se declarando para mim. Vi uma oportunidade de seguir em frente, sempre deixei claro meus sentimentos pela Amber, cujo estava em processo de esquecimento completo. O que com certeza seria complicado, já que nossos momentos excepcionais rondava em meu cérebro.

Estava levando Evelyn a um restaurante perto da minha casa, não estávamos namorando. Porque não acho justo está com uma pessoa pensando em outra, porém estávamos tentando ver se iríamos ou não para frente.

Não queria apresentar a minha mãe, estava muito cedo para isso, quem sabe no futuro? Ainda estava me adaptando a nova realidade.

— Ei gatinho. — Evelyn olha para mim segurando minha mão pela mesa. Olho para a menina de olhos castanhos. — Não vai pedir nada? — ela sorri para mim.

— Claro, linda. Acabei esquecendo. — pego o cardápio foleando as páginas. Peço ao garçom dois strogonoffs de frango e vinho.

O mesmo anota o pedido, retirando-se.

Começamos a conversar, até que nossa comida é posta em nossa mesa. O vinho é aberto, colocando em nossas tarças.

Comemos silenciosamente, até que Evelyn olha para mim de maneira triste.

— O que foi Ev? — fico preocupado. — Aconteceu algo?

— Eu tenho medo, Noah. Eu estou apaixonada por você. E sei lá. — ela olha para mim intensamente.

— Olha Ev, eu não posso te prometer ter algo sério no momento. — pego em suas mãos. — Mas quero levar isso para frente. Você é uma garota incrível. Maravilhosa na verdade. — aliso suas mãos, provocando um sorriso em seus lábios carnudos pintados de vermelho. — Você me faz bem.

Saímos do restaurante, entramos no meu carro e deixo-a em casa.

Chego em sua casa, Evelyn inclina-se para beijar meus lábios.

— Noah, você quer subir? — ela passa as mãos em meu rosto, beijando minha bochecha.

— Quero.

Subo para sua residência, Ev abre a porta, fechando atrás.

Puxo-a pela cintura, tomando seus lábios para mim. Exploro toda a sua boca, distribuo o beijo por toda a extensão do seu corpo.

Porém acontece o inevitável. Amber vem em minha mente.

Paro o que estávamos fazendo, levando a garota de olhos castanhos a me olhar com uma interrogação na cabeça.

— O que foi, Noah?

— Nada. — engulo em seco. — Ev, vamos com calma, tá? Não estou conseguindo levar isso adiante. — ela entende o que quis dizer e assente.

Levanto seu queixo para me olhar.

— Não quero fazer nada para nos arrependermos. Você não merece isso, sabe? — passo as mãos em seu rosto.

— Tudo bem, Noah eu entendo. — ela suspira, sorrindo amarelo.

— Ev você é linda, muito gostosa para falar a verdade. Mas não acho justo a gente ir pra cama e eu não focar no momento, o que aconteceu comigo foi muito recente. — raspo o polegar em seu rosto.

— Você é incrível, sabia? Obrigada por me falar isso. — beija meus lábios novamente.

Merda. Eu não era assim, a ruiva com certeza me pegou de jeito. Por mais que a Ev não toque tanto no assunto de termos algo sério, não sei se estou pronto para isso. Eu gosto dela. Bastante. Mas a verdade é que eu não a amo, não como amo a minha ex namorada. Eu realmente queria ser aberto a tentar um relacionamento sério novamente. No entanto, sei o quanto será complicado, visto que o acontecimento deixou-me totalmente sem rumo do que fazer.

Ev era muito linda, sonho de qualquer homem. Além de linda, tinha um corpo maravilhoso, um caráter magnífico, o garoto que tiver ela por perto ficará grato eternamente.

Ev vai à cozinha, sento no sofá a sua espera. Ela pega duas taças de vinho, um prato com queijo e salame.

Coloca na mesa centro da sala, sentando perto de mim.

— Então, Noah... sei o quanto é chato, mas queria saber o que de verdade quer comigo. — ela leva a taça aos lábios.

Suspiro, bebo um longo gole da bebida.

— Então Ev, imaginei que um dia você fosse perguntar isso, na verdade já estava me preparando para esse momento. — viro meu corpo para olhá-la. Colocando meu braço em cima do sofá branco. — Mas no momento, como disse. Não estou pronto para embarcar em outro relacionamento, entende? Gosto de você e como gosto, mas não o suficiente para namorarmos. Ainda sou apaixonado pela minha ex namorada. Nosso término foi de uma maneira nada a ver, entende? Porém eu preciso seguir em frente. No entanto não acho legal o fato de usar seu sentimento como válvula de escape para superar um relacionamento passado. Não quero que fique chateada comigo. Estou preservando nossos corações. Nunca iria me perdoar caso te machucasse.

— Obrigada pela sinceridade.

Terminamos de comer e beber.

— Você ao menos quer dormir aqui?

Sorrio para ela.

— Claro.

Ela pega em minhas mãos, olha em meus olhos. Percebo que estava nervosa com alguma coisa.

— Você quer dormir comigo? Não falo de fazermos sexo, mas dormir mesmo.

— Claro Ev, porque eu negaria isso? — rodeio meus braços em seu ombro, puxando seu rosto para me beijar.

Levantamos do sofá, pega em minha mão me guiando para seu quarto.

Tiro a camisa, bermuda.

Ela vai ao banheiro, voltando com um baby-doll.

Tira o edredom da sua cama de casal.

Deitamos, puxo seu corpo que estava de costas para perto de mim. Rodeio meu braço até seu abdômen pegando no sono.