for you

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[por você]

NICK

— Caralho, Mbappé! — eu bradei na frente da TV — Não acredito que você perdeu esse gol! A bola estava no seu pé!

— O Mbappé está em uma fase catastrófica. — a Lori opinou, ao meu lado, depois de abocanhar uma fatia de pizza — Ele não fez gol em nenhum dos três jogos do PSG neste ano.

Eu a fitei, incrédulo. Como alguém tinha a audácia de ofender o Mbappé daquela forma?! Ok, o cara ainda não havia marcado nenhum gol naquela partida, mas era inegável que ele tinha talento.

— Você só está falando isso porque está torcendo para o Barcelona. — eu retruquei, dando um leve beliscão em sua cintura, fazendo-a rir — E sinto muito se seu time está perdendo, Lauren, mas ofender o Mbappé não vai mudar isso.

— Claro que não. — ela respondeu, convicta, e completamente desinteressada no desenrolar do jogo, considerando a derrota que estava sofrendo— Mas está doendo ver o Mbappé. É preocupante que não haja evolução no futebol dele.

Pensei em desenroscar as minhas pernas das dela e expulsa-la da minha cama pela petulância, mas, em vez disso, só consegui pensar no quanto minha garota era incrível e entendia de futebol como ninguém. Estava oficialmente apaixonado.

Uma semana havia se passado desde que eu e a Lori havíamos nos entendido, e eu não conseguia me lembrar de dias em que eu tivesse me sentido tão leve quanto aqueles últimos. O simples fato de trocar mensagens com a Lori durante o dia tornava tudo melhor. Nunca havia me sentido assim.

Estiquei um dos braços e a envolvi num abraço caloroso, trazendo-a para mais perto de mim — se é que isso era possível. Desde que o jogo entre o PSG e o Barcelona havia começado, eu não havia largado a Lori um só minuto. Sempre havia alguma parte de mim que necessitava estar perto dela, fazendo qualquer coisa — beijando, alisando, tocando. Eu precisava daquele contato.

— Mbappé está em plena forma. — rebati, sem tirar os olhos da TV — E tenho confiança no futebol dele.

Ela não respondeu — pela primeira vez, tive a impressão de ter deixado Lori Mackenzie sem palavras. Temos um feito inédito, senhoras e senhores.

Mas, antes que eu pudesse comemorar, ela se aninhou junto a mim. Com a maior indiferença, levou a mão ao meu abdômen e senti meus músculos enrijecerem instantaneamente com o seu toque. Meus olhos ainda estavam presos no jogo, mas era difícil me concentrar com o formigamento crescente dentro da minha calça de moletom — sobretudo porque eu estava sem cueca. Maldita ideia.

Ela brincou com os dedos entre os músculos do meu abdômen, fazendo um carinho preguiçoso, e tenho certeza de que ela ouviu a minha respiração falhar, porque ela começou a descer ainda mais os seus carinhos. Então eu achatei a palma da mão contra a minha pele e parei de movê-la. Ela sorriu, notando a minha provocação, mas, sem desistir, começou a depositar longos beijos pelo meu pescoço.

— Não vai funcionar, Mackenzie. — eu avisei, praticamente sussurrando, sem tirar os olhos da televisão.

Sei que ela sorriu porque, por um breve momento, houve uma pausa nos beijos que ela estava me dedicando.

— O que não vai funcionar? — ela perguntou, inocente.

— O que você tá tentando fazer agora. — informei.

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