hymn for the weekend

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[hino para o final de semana]

LORI

- O que as pessoas costumam vestir nessas festas universitárias? - questionei, fitando minhas roupas dobradas dentro do armário -

- Eu usaria essa saia de couro preta. - Oliver opinou, apontando distraidamente para o meu armário -

- Com essa blusa? - questionei, apontando para uma camiseta branca -

- Com essa! - Becky surgiu animada com uma blusa de paetês preta -

Eu fiz uma cara estranha. Paetês com couro? Jesus Cristo! Aquilo não poderia ser menos minha cara.

- Obrigada, Becky, mas não é muito o meu estilo. - agradeci -

- Talvez você possa colocar esse top preto então. - ela respondeu, pegando um top preto justo no armário -

- Gosto desse. - respondi - Mas não quero chamar muita atenção. Vou usar essa saia, uma camiseta básica e meus coturnos.

- Você é um saco. - Oliver brincou - Com esses peitos e essas pernas que você tem, eu andaria praticamente pelado pelo campus.

Todos nós rimos em uníssono.

- Ei, mocinho, eu nem queria ir nesta festa idiota, pra começo de conversa. - rebati, fazendo-o virar os olhos -

- Que seja. - ele riu - Bem, já que vocês duas já resolveram o que vão vestir, será que podem se apressar? Já estou pronto desde as sete e vocês sequer tomaram banho.

- Já estamos indo! - Becky avisou -

- Nem se eu fosse mulher eu demoraria tanto pra me arrumar quanto vocês. - ele rebateu, analisando seu visual no espelho. Ele vestia uma bermuda jeans escura, uma camiseta floral aberta e uma camiseta branca por dentro, com um all star branco nos pés - E olha que isso seria o meu sonho de princesa.

Assim que ficamos prontos, descemos juntos para o hall do dormitório feminino e entramos no carro do Oliver, em direção à fraternidade.

O campus era bem grande e parecia mais uma grande vizinhança de um bairro de classe média. Dezenas de fraternidades femininas repletas de letreiros cor-de-rosa se amontoavam no lado oeste do campus, enquanto do lado leste, as fraternidades masculinas, que exalavam testosterona e preservativos usados predominavam.

No centro do campus, haviam os prédios de aula de todos os cursos, cuidadosamente construídos um ao laudo do outro e para atender as necessidades específicas de cada curso.

O prédio de aulas de direito tinha um ar histórico, aparentava ser o mais antigo de todos, possuía cinco andares e uma vasta biblioteca com livros e computadores disponíveis para os alunos. Além disso, havia uma sala réplica de um tribunal do júri para simulações de júris e audiências, a fim que fosse dada uma noção prática aos alunos.

Logo ao lado, havia o prédio de aulas de arquitetura e das engenharias, que era equipado com computadores, salas de aula práticas e, por óbvio, era o prédio com a arquitetura mais invejável do campus.

O prédio de aula de medicina havia sido construído logo acima do posto médico do campus, e era o maior de todos. O curso de medicina da UCLA era um dos mais caros de todo o Estado e, por isso, havia muito investimento da universidade. O prédio era repleto de laboratórios, enfermarias, salas de aula e tudo quanto possível para que, ali, fossem formados os melhores médicos dos Estados Unidos.

Depois que passamos pelos outros prédios de aula e continuamos o percurso por mais alguns minutos, Oliver estacionou seu New Beetle na entrada da fraternidade, local em que já havia uma dezena de estudantes bêbados no jardim virados de cabeça para baixo com as bocas em barris de cerveja.

O local estava animado, algumas garotas de biquini corriam soltando risos pelo jardim e ecoava uma música dançante de dentro da casa.

Assim que adentramos ao local, avistei alguns jogadores do time de futebol da Universidade amontoados e facilmente reconhecidos pelas jaquetas azuis e amarelas que usavam. Eles riam animados e brincavam de virar alguns shots do que parecia ser uma tequila barata, enquanto algumas garotas suspiravam e batiam palmas logo ao lado, esperando serem notadas por algum deles.

Deus, elas poderiam ser menos óbvias?!

- Eu preciso de uma bebida. - avisei aos meus amigos assim que colocamos os pés na sala de estar - Vou até a cozinha. Querem alguma coisa?

- Cerveja para mim. - Becky pediu -

- Para mim também, por favor. - Oliver complementou -

- Ok. Mas precisarei de algo mais forte do que cerveja hoje para aguentar este lugar. - falei me retirando e caminhando em direção à cozinha -

Talvez aquela tequila barata fosse uma boa idéia, no final das contas.

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