fix you

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LORI

Depois do fiasco que foi a festa de Halloween, eu não tinha nem ânimo nem disposição para fingir estar bem. A minha ressaca moral martelava na minha mente a cada segundo, e apesar de odiar muito o Nick por tudo que ele havia me feito, eu era grata por ele ter, literalmente, me arrancado dos braços do John Smith. Sabe-se lá o que aquele cara estava programando para aquela noite...

De qualquer forma, nem mesmo a aula de Direito Constitucional, que costumavam ser uma das minhas preferidas, conseguia me tirar da fossa em que eu me encontrava. Meu humor estava péssimo e eu estava esgotada mentalmente com toda essa história envolvendo o Nick e eu. Por mais que eu tivesse toda uma pose e tentasse não transparecer, estar no mesmo ambiente que ele sem poder abraça-lo me dilacerava por dentro.

A única pergunta que ecoava na minha cabeça era: "por que, Nick Hayes, por que você tinha que ser um babaca?". Ele poderia ter sido o cara da minha vida. E eu sentia isso. Sentia que nossa conexão havia sido escrita nas estrelas e que nossas almas eram afins muito antes de nos conhecermos. Mas agora... era simplesmente muito difícil acreditar em cada palavra que ele me disse quando estávamos juntos porque ele não passava de um grande mentiroso.

Como eu fui burra.

— Café? — a Becky perguntou ao entrelaçar o braço no meu, enquanto caminhávamos juntas pelo campus — Eu pago! — ela brincou.

— Sempre. — eu esbocei um sorriso com a sugestão.

Continuamos caminhando juntas com os braços entrelaçados, desviando o nosso caminho pra cafeteria do campus.

— Você tem estado... quieta. — a Becky notou.

— Sim, eu sei. — concordei.

— Quer falar sobre isso ou devemos simplesmente ignorar o desastre que sua vida amorosa se tornou? — ela caçoou, me fazendo rir.

— Fico com a segunda opção. — eu informei.

— Tudo bem. — ela deu de ombros.

Demos mais alguns passos juntas e em silêncio, até que finalmente entramos na cafeteria. Aquilo era algo que eu simplesmente amava na Becky: eu podia ficar perto dela por horas em silêncio e aquilo não era nem um pouco constrangedor.

— Um capuccino e um café com creme, por favor. — ela pediu à atendente da cafeteria, entregando-lhe o cartão de crédito logo em seguida.

Alguns minutos depois, a atendente nos entregou os nossos copos com os nossos nomes escritos a caneta — ou pelo menos o que era pra ser os nossos nomes, já que no meu copo estava escrito "Lauren" em vez de "Lori".

Revirei os olhos sem que a Becky percebesse. Obrigada por mais essa, Nick.

— Então... — a Becky voltou a falar enquanto caminhávamos novamente pela grama do campus — Como foi o seu dia?

— O mesmo de sempre. — eu respondi — Aulas, estudos, corrida. E o seu?

— O mesmo de sempre. — ela retrucou — Aulas, treino com a equipe de... AI MEU DEUS! — ela interrompeu própria fala, fixando os olhos em alguma coisa que automaticamente fez a sua boca se abrir em um perfeito "O".

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