Mellanie Lavigne vivia em seu mundo cor-de-rosa. Possuía uma mãe que a amava, a casa dos sonhos, uma melhor amiga incrível, e tudo que quisesse teria. Infelizmente, contos de fadas não duram para sempre, e o seu acabou cedo demais.
Diferente da do...
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Era para Stefan estar chegando hoje, uma semana, mas graças aos céus ele vai ficar mais um dia.
Ontem mal tive tempo para pensar em alguma coisa, toda vez que tentava as cenas das mortes vinham em minha mente. Precisei correr para conseguir manter minha mente focada por alguns minutos.
Quero me manter distraída, evitar por hora pensar em tudo, apenas ficar tranquila, fingindo que não existem problemas.
-Vocês não podem fazer isso em outro lugar?! – pergunto irritada para os "meninos".
Faz duas horas que estou deitada nesse sofá lendo, passei a manhã fazendo o cursinho e depois do almoço me deitei aqui, o sofá já deve ter o formato perfeito do meu corpo nele. Somos quase um só.
E agora estragando toda a bolha de paz que finalmente consegui criar me aparece Heitor e Adônis para jogar videogame. Fazem 20 minutos que estão disputando em algum jogo imbecil, tentei ignorar o barulho o máximo que pude, mas é insuportável o som do videogame mais as risadas e provocações deles.
Com Stefan fora de casa eles possuem a desculpa perfeita para não ir trabalhar, motivo esse que todos os dias ficam aqui, me perturbando.
-Estamos te fazendo companhia, gatinha! – Adônis responde animado com o controle, concentrado na tela.
-Sim, você estava muito sozinha, isolada... – Heitor completa, também focado.
-E preferia ficar assim – respondo, sendo ignorada.
Gosto de conversar e estar rodeada de pessoas, mas também gosto muito de ficar sozinha, poderia ficar assim o dia inteiro, amo a minha própria companhia.
Essa casa deve ter umas três salas, uns vinte quartos e mais não sei quantos cômodos, ainda assim eles conseguem escolher ficar justo no que estou.
Que cruz é essa que tenho que carregar?
-Vocês podem pelo menos abaixar isso? – respiro fundo, prestando agora atenção nos filhotes que também disputam uma pelúcia.
Não vou sair daqui, cheguei primeiro, e estou confortável demais para isso.
-Não quer mesmo jogar? – Adônis pergunta oferecendo um terceiro controle.
-Esse jogo é irado! – Heitor garante fazendo uma manobra.
É um jogo de corrida, a tela está dividida em dois enquanto eles disputam o primeiro lugar.
-Se vocês fossem melhores eu até jogaria, mas desse jeito não vai ter nem graça... – respondo, apenas para vê-los irritados – Vai parecer que estou jogando contra crianças.
