Eight.

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29/06/2033

2 meses depois

Quarta-feira.



~POV Mellanie

~POV Mellanie

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-Mas o que ele quer, Anne? – pergunto mais uma vez.

-Não se preocupe, meu pai só quer conversar – tenta me acalmar – Ele não te fará mal! – garante ao apertar minhas mãos e olhar em meus olhos.

Sei que foi o responsável pelo meu resgate, mas depois desse dia – que mal me lembro – nunca mais o vi.

-Tenho certeza disso, boneca – Andrew fala parado na porta – Meu pai não é doido de mexer com você.

-Sério?! – Anne bufa – Não aprendeu que ouvir a conversa dos outros é errado? Ao menos aprendeu a bater antes de entrar? – cruza os braços, ele ignora.

Ambos são como cão e gato, água e óleo. Mas ainda assim, são totalmente diferentes do Stefan.

Graças a Deus, não encontrei ninguém igual a ele.

-Não tem nenhum paciente para cuidar? – rebate.

-E você, não tem uma filha?!

O sorriso de Andrew morre no rosto, sua feição se transforma em um misto de... raiva? Ressentimento?

-Uma filha? – questiono, ele sai da sala.

Não me recordo de terem me falado sobre isso. Não que tivesse a obrigação, nos conhecemos a pouco tempo, mas ainda assim é um fato importante.

-Longa história – Anne suspira chateada – Não deveria ter falado isso.

-Você sabe que vou ficar curiosa, não é? Vai ter que me contar!

Provavelmente eu já conheça toda a família de Anne só de ouvir. Enquanto estamos juntas ela faz questão de falar sobre tudo da vida dela, e é divertido, isso faz com que o tempo passe mais rápido.

Aparentemente Anne também não tem muitas amigas, então nos encontramos uma na outra.

-Eu te conto em outro momento, agora você está atrasada! – muda seu humor, está alegre novamente.

Me puxa da cama e me empurra para fora do quarto.

-Quando voltar terá uma surpresa! – grita da porta do meu quarto.

Rio enquanto caminho escoltada pelos seguranças.

É entediante ficar aqui, por mais que tenha diversidade de atividades a se fazer, as "surpresas" que frequentemente Anne faz alegram muito meu dia.

Não vou dizer que hospital é o pior lugar para se estar – aquele monstro me mostrou claramente que não é – mas ainda assim não é o melhor. Todos os profissionais que estão me acompanhando elogiam minha evolução, da maioria já recebi até alta, e mesmo assim continuo presa nesse lugar.

Exilada na MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora