Mellanie Lavigne vivia em seu mundo cor-de-rosa. Possuía uma mãe que a amava, a casa dos sonhos, uma melhor amiga incrível, e tudo que quisesse teria. Infelizmente, contos de fadas não duram para sempre, e o seu acabou cedo demais.
Diferente da do...
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-Andando sozinha, Mellanie? – Aquilles me aborda no corredor.
É amedrontador seu olhar, mas não posso demonstrar medo.
-Por que não andaria, se estou na minha casa? – questiono, sustentando seu olhar.
-Acha mesmo isso? – ri sarcástico – Lembre-se sempre, você é descartável – se aproxima e sussurra em meu ouvido – Deveria tomar mais cuidado, seria uma pena se algo acontecesse a você.
O frio na espinha me alerta, mas ainda assim continuo.
-Está ameaçando a mulher do seu chefe? – questiono, encarando seus olhos – Posso até ser descartável, mas pelo menos sou corajosa, ao contrário de você que tem medo de se arriscar em missões e por isso se esconde em um grupo de velhos – rio – Enquanto eu estiver aqui, você vai me chamar de Senhora – sussurro de volta em seu ouvido.
Talvez eu tenha declarado guerra, mas agora é tarde demais pra voltar atrás.
Deus deve me amar muito, ou não chegou minha hora.
-Sra? – o mordomo me chama.
-Pois não? – respondo, ainda encarando Aquilles.
-Srta. Anne te espera na sala – informa.
-Com licença Aquilles, tenho mais o que fazer – dou dois tapinhas em seu ombro antes de sair.
Terminei de assistir a última aula do dia faz pouco tempo, combinei com Anne de nos encontrar depois disso, ela insiste que devemos ir ao salão nos arrumar.
Não consegui fugir da sua ideia de ir a balada.
Aparentemente para Anne não existe dia certo para isso, todo dia é dia.
-Você me paga! – Anne bufa enquanto tenta arrumar o cabelo.
Está descabelada, enquanto Heitor ri histericamente. Já consigo até imaginar o que aconteceu, ele me prega peças o dia todo, todos os dias.
Quantos dias um mês pode ter? Sério, não aguento mais.
Estou pedindo arrego.
-Esqueci que eles podiam ser tão irritantes! – Anne ainda está emburrada, rio – Quer ficar na minha casa enquanto eles estão aqui?
-Sério? – pergunto animada.
Seria ótimo um pouco de silêncio, poder me concentrar nos estudos e aproveitar a minha companhia.
Ultimamente para escapar deles preciso me esconder no banheiro, só assim para ter privacidade.
-Não, ela não vai – Stefan fala atrás de mim, nem mesmo o vi chegar.
