Forty.

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21/12/2033

Quarta-feira.



~POV Mellanie

-Ele é meu irmão – falo, mesmo sabendo que ele já sabe.

-Você está soando – Adônis acusa ao olhar minhas mãos.

Sim, estou nervosa.

Meu plano parece mais patético a cada segundo.

Na verdade, não existia um plano, só pensei em vir e tirá-lo daqui.

Santa burrice e inocência.

As portas do elevador se abrem no subsolo, revelando o imenso salão onde todas as inúmeros portas se direcionam, as salas de torturas.

-E então, onde ele está? – questiono olhando o vasto corredor.

Alguns soldados circulam pelo ambiente, uns se encarregam de fazer a manutenção de algumas armas e outros estão limpando e organizando o ambiente, ninguém sequer nos olha.

-Não que ver Stefan antes?

-Oh não, não quero atrapalhá-lo – sorrio docemente – Depois o encontro.

Adônis assente e caminha ao meu lado passando na frente das portas, até parar na de número 39.

-Ele está aqui, está privado de alimentação e já passou por alguns interrogatórios – resume ao colocar a mão na maçaneta.

Interrogatórios.

Sei bem como os interrogatórios acontecem aqui, sempre banhados em torturas.

-Stefan me contou – minto – Agora abra a porta – peço confiante.

Adônis insere a digital no leitor encima do trinco, com um estalar a porta se abre, ele a empurra para dentro.

-Benjamin! – falo com horror ao vê-lo preso na parede.

Foram poucos dias, mas a falta de alimentação já o deixou mais magro, com o semblante abatido.

Além da sujeira possui alguns ferimentos espalhados pelo corpo.

-Você está viva – Benjamin sussurra, posso ver um sorriso em seu rosto.

-Estou – forço um sorriso ao responde-lo.

-Vou esperar aqui – Adônis diz parando na porta, assinto.

Caminho até Benjamin, está preso pelos braços e pernas grudado na parede.

-O que eles querem de você?

-Nada – responde – Só querem me matar.

-Vou levar você daqui – digo olhando seus olhos.

Benjamin não irá ficar para trás.

-Você não está sozinha Mellanie, você tem uma família grande na Grécia – ele sussurra com dificuldade – A família do nosso pai, a família Windsor, é uma família carinhosa, Eros foi o único a nascer problemático – faz uma pausa para tossir, está ardendo em febre – A família da sua mãe também está lá, tenho certeza que vão adorar te conhecer, sempre desejaram.

Uma família.

Cresci tendo apenas minha mãe e mais ninguém, sempre foi apenas nós duas, e agora descubro que tenho uma família inteira esperando por mim.

Uma família não, duas grandes famílias.

-Conhecerei a Grécia ao seu lado, Benjamin – respondo passando a mão em sua testa.

Exilada na MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora