Three.

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Domingo.



~Pov Stefan


-Quem é Eros? – se faz de desentendida.

-Sério? Achei mesmo que não ia escolher a segunda opção – rio – Mas adoro que o tenha feito, vamos nos divertir bastante.

Retiro meu celular do bolso e envio uma mensagem para Juan. "Prepare o porão e a sala branca, chego em 20."

Pego a faca em minha gaveta e volto a andar em sua direção. Conforme me aproximo Mellanie se encolhe e caminha para trás, até que bate na porta. Se desespera tentando abrir.

-Calma meu animalzinho – peço ao segurá-la para mim.

-Por favor! – sussurra virando o rosto para o lado, tenta me afastar – Eu não sei do que você está falando.

Que mania irritante. Seguro seu maxilar e o forço. Encaro fixo seus olhos, não há lágrimas, mas há medo.

-Se desviar o rosto mais uma vez, o cortarei – advirto – Não te ensinaram que não deve deixar de encarar?

Provavelmente isso foi uma das primeiras coisas que meu progenitor me ensinou. Não demonstre fraquezas. Intimide quem te intimida, jamais desvie o olhar. Sustente.

-Porque me ensinariam isso? – questiona.

-Você faz as perguntas erradas.

-E você fala em enigmas – rebate.

Pelo jeito não foi tão mal adestrada. Consegue desafiar mesmo estando ameaçada.

-Porque ter tanta consideração por quem não tem nenhuma por você? – me encara, sem respostas.

Passo a mão em seu rosto, uma carícia áspera. Treme sob meu toque, mas não desvia a cabeça, permanece me encarando.

-Você aprende rápido, meu animalzinho! – elogio – Que tal agora parar de tremer? Isso também é irritante... – digo enquanto retiro minha mão e passo no lugar a faca, criando um fino risco de sangue brilhante – Shhhh! – peço – Está vendo? Se você treme a faca afunda mais... está estragando minha obra de arte.

Mellanie prende a respiração, mesmo tentando ainda estremece, muito menos que antes.

-Por favor... – suplica novamente.

-Você sabe como parar isso, só precisa dizer – sussurro em seu ouvido.

É delicioso senti-la se estremecer mais a cada aproximação minha. Seu temor é palpável.

-Eu não sei de nada – grunhe, rio.

-Não sabe, é? – desço a ponta da faca pelo seu pescoço, o risco de sangue acompanha, superficial – É melhor parar de respirar animalzinho, qualquer movimentação pode ser fatal – aconselho enquanto observo o movimento da gota de sangue escorrer para os seus peitos.

-Não! – grita ao notar meu olhar – Não toque em mim!

-Ual, quem te deu o controle? – provoco – Ninguém, não é? – rio – Você está a minha mercê!

Continuo a descer a faca do seu pescoço para seu colo, iniciando um pequeno corte na regata que usa. Seguro a faca com a mão livre encima de sua cabeça e volto minha mão para o pescoço, sentindo a pulsação irregular.

Exilada na MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora