Domingo.
~Pov Stefan
-Quem é Eros? – se faz de desentendida.
-Sério? Achei mesmo que não ia escolher a segunda opção – rio – Mas adoro que o tenha feito, vamos nos divertir bastante.
Retiro meu celular do bolso e envio uma mensagem para Juan. "Prepare o porão e a sala branca, chego em 20."
Pego a faca em minha gaveta e volto a andar em sua direção. Conforme me aproximo Mellanie se encolhe e caminha para trás, até que bate na porta. Se desespera tentando abrir.
-Calma meu animalzinho – peço ao segurá-la para mim.
-Por favor! – sussurra virando o rosto para o lado, tenta me afastar – Eu não sei do que você está falando.
Que mania irritante. Seguro seu maxilar e o forço. Encaro fixo seus olhos, não há lágrimas, mas há medo.
-Se desviar o rosto mais uma vez, o cortarei – advirto – Não te ensinaram que não deve deixar de encarar?
Provavelmente isso foi uma das primeiras coisas que meu progenitor me ensinou. Não demonstre fraquezas. Intimide quem te intimida, jamais desvie o olhar. Sustente.
-Porque me ensinariam isso? – questiona.
-Você faz as perguntas erradas.
-E você fala em enigmas – rebate.
Pelo jeito não foi tão mal adestrada. Consegue desafiar mesmo estando ameaçada.
-Porque ter tanta consideração por quem não tem nenhuma por você? – me encara, sem respostas.
Passo a mão em seu rosto, uma carícia áspera. Treme sob meu toque, mas não desvia a cabeça, permanece me encarando.
-Você aprende rápido, meu animalzinho! – elogio – Que tal agora parar de tremer? Isso também é irritante... – digo enquanto retiro minha mão e passo no lugar a faca, criando um fino risco de sangue brilhante – Shhhh! – peço – Está vendo? Se você treme a faca afunda mais... está estragando minha obra de arte.
Mellanie prende a respiração, mesmo tentando ainda estremece, muito menos que antes.
-Por favor... – suplica novamente.
-Você sabe como parar isso, só precisa dizer – sussurro em seu ouvido.
É delicioso senti-la se estremecer mais a cada aproximação minha. Seu temor é palpável.
-Eu não sei de nada – grunhe, rio.
-Não sabe, é? – desço a ponta da faca pelo seu pescoço, o risco de sangue acompanha, superficial – É melhor parar de respirar animalzinho, qualquer movimentação pode ser fatal – aconselho enquanto observo o movimento da gota de sangue escorrer para os seus peitos.
-Não! – grita ao notar meu olhar – Não toque em mim!
-Ual, quem te deu o controle? – provoco – Ninguém, não é? – rio – Você está a minha mercê!
Continuo a descer a faca do seu pescoço para seu colo, iniciando um pequeno corte na regata que usa. Seguro a faca com a mão livre encima de sua cabeça e volto minha mão para o pescoço, sentindo a pulsação irregular.
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Exilada na Máfia
RomanceMellanie Lavigne vivia em seu mundo cor-de-rosa. Possuía uma mãe que a amava, a casa dos sonhos, uma melhor amiga incrível, e tudo que quisesse teria. Infelizmente, contos de fadas não duram para sempre, e o seu acabou cedo demais. Diferente da do...