Mellanie Lavigne vivia em seu mundo cor-de-rosa. Possuía uma mãe que a amava, a casa dos sonhos, uma melhor amiga incrível, e tudo que quisesse teria. Infelizmente, contos de fadas não duram para sempre, e o seu acabou cedo demais.
Diferente da do...
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-Ele está te ameaçando? – Anne me pergunta cética.
Faz uma hora que estamos neste café, não queria me encontrar com ela nesse primeiro momento na casa de Stefan.
Quando cheguei a primeira coisa que Anne fez foi me verificar, depois que viu que estava tudo bem me abraçou, e desde então vem tentando entender porque estamos juntos.
-Não – rio – Já te disse, foi tudo muito rápido...
-Uma semana Mellanie? – usa meu nome completo para expressar seu descontentamento – Ninguém se apaixona em uma semana! Ninguém muda em uma semana!... não me diga que foi amor à primeira vista – ri com ironia, desacreditada.
Deve pensar que sou uma completa masoquista, só assim para uma pessoa conseguir se relacionar de verdade com seu irmão.
Anne é esperta demais para acreditar em qualquer historinha boba de conto de fadas que eu possa inventar. É horrível ter de mentir para ela.
-Não – confirmo ao relaxar a postura na cadeira e tomar mais um pouco da bebida fumegante – Você pode não acreditar, mas ele está arrependido – minto.
-Está mesmo falando do meu irmão? – continua me encarar – Ele não se arrepende, nem mesmo é capaz de sentir qualquer coisa – é categórica.
É óbvio que o conhece muito bem, são gêmeos, o conhece a vida inteira, literalmente.
-Mel, me deixe te ajudar, me fale a verdade – pede segurando minhas mãos sob a mesa, vejo dor em seu olhar.
Queria poder te falar a verdade Anne, queria mesmo, mas temo que você, nem mesmo ninguém possa me ajudar.
-Anne, de verdade, não espero que entenda. Quero que saiba que não estou louca, estou ciente de tudo que Stefan me fez, foi horrível, e sem os tratamentos que tive, que você me ofereceu, não iria conseguir conviver em sociedade novamente, por isso sou extremamente grata a você – suspiro, continuo a encenação, caso contrário ela nunca irá acreditar – Acontece que as coisas mudaram, encontrei com seu irmão no aeroporto no dia da fuga, conversamos, ele provou estar arrependido, se mostrou uma pessoa totalmente diferente, ele me entende... temos uma conexão – minto.
Nem mesmo desculpas o cretino me pediu, e agora preciso defende-lo como se fosse um cavalheiro, o mais gentil dos homens. É cômico como ele consegue me torturar de todas as formas.
-Mas morar juntos? – questiona – Não estão sendo muito precoces?
-Já é difícil ter que lidar com tudo isso – gesticulo mostrando os seguranças ao redor – Essa com certeza não é a vida que um dia planejei, então por favor, não torne as coisas mais difíceis.
