Mellanie Lavigne vivia em seu mundo cor-de-rosa. Possuía uma mãe que a amava, a casa dos sonhos, uma melhor amiga incrível, e tudo que quisesse teria. Infelizmente, contos de fadas não duram para sempre, e o seu acabou cedo demais.
Diferente da do...
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Desde pequena minha família faz ao máximo para me manter longe dos assuntos da máfia, e eu agradeço. Sei apenas o necessário. Nunca fiz nenhuma questão de me inteirar, embora saiba claramente o que minha família faz, prefiro me fazer de leiga.
Ser parte de uma organização criminosa não é o tipo de coisa que me dá orgulho de falar, muito pelo contrário. Não sou como meus irmãos, que batem no peito ao derrubar sangue pela família. Mas não serei hipócrita ao cuspir no prato que me alimenta, gozo de todo dinheiro que isso dá.
O hospital foi feito com o dinheiro sujo gerado por ela, entretanto foco na questão principal do que faço: salvar vidas. Nenhuma profissão me completaria tanto quanto a medicina. Ser médica é minha paixão, meu chamado.
É irônico como me empenho ao máximo em salvar todas as vidas que posso, e Stefan tem o mesmo empenho para tirá-las.
-Bom dia, Srta.Kampbell – o segurança na porta do quarto me cumprimenta.
-Bom dia, Márcio – respondo entregando uma xícara de café.
Ele agradece e em seguida libera minha passagem para o quarto.
-Bom dia, flor do dia – digo alegre para Mellanie.
Ela ri da minha animação, ainda está na cama, assiste CSI na televisão.
Dois meses é muito pouco tempo para curar todos os seus traumas, é um trabalho delicado e que geralmente leva anos. Entretanto ela já apresenta grande evolução, sua rápida melhora e força de viver têm surpreendido a todos, claro que ter os melhores tratamentos médicos com os avanços contribui.
Não foi fácil ganhar sua confiança, nem mesmo sei se já a tenho. Mellanie foi muito quebrada, somos estranhas, não tem motivo para confiar em mim ou em ninguém. Qualquer um na posição dela se ressentiria a novas amizades ou contato, por medo de ser enganado novamente, fica-se paranoico... o que por sorte não é o seu caso.
-Como você está? – pergunto olhando a bandeja do café da manhã deixada ao seu lado.
Ela comeu um pouco de tudo que foi dado, mas não terminou nada. Seu apetite é pequeno, por isso a nutricionista elaborou uma dieta com alimentos que mesmo em pequenas doses possuem muitos nutrientes e itens que seu corpo necessita, para mantê-la saudável.
-Estou bem, e você? – para de prestar atenção ao seriado.
Sou a médica responsável pelo caso dela, mas mais que isso, temos desenvolvido uma boa relação.
