Uma mulher de 38 anos, forte, batalhadora e cheia de sonhos queria alguém para dividir seus sentimentos, ainda não havia encontrado o verdadeiro amor, mas tinha um grande desejo adotar uma filha com isso enfim o amor poderia dizer sim, porque quando...
Viviane estava no quarto encolhida na cama depois do que aconteceu e Valentina que viu a mãe chorando ficou com ela, Lucas após colocar Lorenzo no berço foi ver a amada e viu que havia causado muita dor a mulher que mais amava na vida, mas Valentina com toda sua doçura a acalmava.
Lucas: Meu amor, perdoe-me, fui um insensível e como seu marido e pai dos seus filhos eu deveria te apoiar e não te colocar pra baixo falando de coisas que te doem.
Viviane: Me deixa sozinha com a minha filha.
Lucas: Por favor, precisamos conversar e resolver isso.
Viviane: Por favor me deixa sozinha, Lucas.
Lucas: Não dá para ter uma conversa com você.
Valentina: Não briga com a mamãe, ela não está bem, papai.
Viviane: Obrigada por me defender, filhinha. (Abraça a pequena).
Maitê conseguiu o endereço de Viviane após pesquisar o sobrenome dela de casada e ao chegar ficou parada em frente a casa por alguns minutos até que um segurança foi ver o que ela queria, então após ela responder ele entrou para informar ao patrão que a jovem estava no portão, Lucas sem saber de quem se trava deu ordem de que mandassem ela embora, mas em seguida mudou de ideia e correu até o portão quando Maitê já se afastava.
Lucas: Maitê, por favor espere.
Maitê: O senhor ainda lembra de mim. (Se aproxima).
Lucas: O que traz aqui? Pensamos que não íamos voltar a te ver depois do nascimento dos gêmeos.
Maitê: É eu não queria voltar a incomodar vocês que são uma família linda da qual não faço parte.
Lucas: E o que mudou?
Maitê: Senti que algo estava errado com a Vivi enquanto eu vinha pra cá por algo importante.
Lucas: Vem entra! A Vivi e eu acabamos de ter uma discussão e ela está deprimida, a Tininha está com ela.
Maitê: Ela ainda está sensível, faz pouco que ela ganhou os gêmeos, o senhor precisa ter paciência com ela.
Lucas: Você é muito sensata para uma jovem de dezoito anos.
Maitê: Nem tanto.
Lucas entrou acompanhado de Maitê, após mostrar o quarto pra ela, a jovem respirou fundo e bateu na porta, sem receber resposta Maitê entrou e assim que a viu Valentina quis gritar e correr para abraçá-la, mas a jovem pediu silêncio levando o indicador aos lábios, Viviane estava de costas para porta e não viu quem havia entrado.
Maitê: Vivi! (A chama com a voz um pouco emotiva de revê-la).
Viviane: Meu amor, você está aqui. (Sorri e corre para abraçá-la).
Maitê: Sim, me perdoe por ter ido embora no dia que os gêmeos nasceram.
Viviane: O importante é que você está aqui.
Maitê: Eu vim não só por saudade, mas por outra razão.
Viviane: Qual? (Preocupada).
Maitê: No dia que eu cantarolei Ser tu mama no carro você passou mal. Por que?
Viviane: É algo do meu passado que já me machucou demais falar hoje.
Maitê: Por favor, me conte, acredito que sou parte desse passado.
Viviane: Impossível, você nem era nascida quando aconteceram coisas horríveis comigo.
Maitê: Por favor.
Viviane: Filhinha, vai procurar seu pai para vocês brincarem com os meninos.
Valentina: Sim, mamãe. (Corre para o corredor em busca do pai).
Viviane: Agora podemos falar. (Tranca a porta). Vou te mostrar algo que nunca mostrei a ninguém. (Pega a mala, abre e mostra coisas de bebê e uma foto dela grávida).
Maitê: É você grávida. (Emocionada).
Viviane: Dezoito anos atrás eu tinha um relacionamento que achava que era mágico, até que quando eu entrei no sexto mês de gravidez o canalha me traiu, o peguei na cama com outra, senti tanta dor, a bolsa estourou e eu estava sangrando, pelo menos ele me socorreu e me levou ao hospital, meu bebê que nunca soube se era menino ou menina nasceu de cesariana, mas morto, depois disso nunca mais vi o meu ex, como não éramos casados cada um seguiu seu rumo. (Olhos marejados).
Maitê: Seu bebê não morreu, seu bebê sou eu, sou sua filha, Vivi. (Olhos marejados). Me fizeram acreditar que você estava morta, vivi um inferno depois que o Eladio me abandonou com a amante que dizia ser minha tia.
Viviane: Minha filha? (Incrédula).
Maitê: Sim, sou eu a sua primogênita.
Viviane: Se isso for um sonho, eu não quero acordar. (Abraça a filha e derruba a foto).
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