16. A Fuga

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Ois, quero avisar que talvez esse cap fuja um pouco da história, mas prometo que tudo vai fazer sentido no final.

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Resolvido. — Macarena me olha com ódio, tava na cara que ela não havia gostado do que eu disse a sua mãe.

Resolvido? Você entrou em guerra com minha mãe, Zulema! Isso é resolvido pra você?!

Quem iniciou a "guerra" foi ela, se é isso que ela quer, é isso que ela vai ter. — Falo confiante, pois todas as vezes que tentaram me derrubar, quem caiu não foi eu.

Macarena começa a andar pra lá e pra cá, provavelmente com medo e nervosa com toda a situação.

Ficamos tão ligadas na situação que até esquecemos que precisavamos ir trabalhar.

Não quero interromper, mas nós estamos 10 minutos atrasadas. Saray estava certa, estavamos atrasadas, mas tenho certeza que Macarena não iria conseguir gravar pensando no que sua mãe irá fazer.

Relaxa. Considere hoje como uma folga a nós.

A mãe de Macarena provavelmente deve ser uma daquelas pessoas que gosta de mandar ameaças vazias, mas pra eu ter certeza, preciso confirmar.

Éramos um grupo, encontrei elas por acaso, quando eu estava tentando fugir de casa.

Como todos sabem, ninguém vira famoso do nada, a não ser que você seja filho de algum famoso.

Aos meus 24 anos, eu estava no meu falso relacionamento com Hanbal. Eu era obrigada a andar pra cima e pra baixo com ele, menos a noite.

Em uma certa noite, resolvi fugir. O que não deu certo, mas conheci elas.

Elas eram um grupo formado por 3 pessoas: Yolanda, Anabel e Sole.

Flashback on

São exatamente 02:38 da manha, hora perfeita pra fugir. Confesso que estou com medo, pois essa é a primeira vez que fujo e se me pegarem, não sei o que pode acontecer. Deixo meus medos de lados e me preparo pra pular a janela.

Ando em direção a janela, olho para baixo e vejo que é consideravelmente alto. Mas não desisto e pulo.

Percebo que estou no chão quando sinto minhas mãos tocarem a grama, pular do 2° andar não é uma tarefa tão fácil.

Levanto e vou em direção a outra tarefa nada fácil, escolher entre pular o muro ou pular o portão.

Acabo escolhendo o portão, pois o muro está cercado de cerca elétricas.

[...]

Estou na rua, andando por caminhos aleatórios, caminhos que eu nem sabia que existia.

Entro numa rua, e nessa rua tem um carro preto, com as luzes de dentro acessas, provavelmente tem alguém lá dentro. Resolvo ir até lá para tentar me localizar e achar algum ponto de ônibus.

Ando em direção ao carro e percebo que não tem apenas uma pessoa lá dentro, mas me sinto mais confortável ao saber que são mulheres. Vou até a janela direita do carro e pergunto:

Oi. É... Pode me dizer onde estamos ou se tem algum ponto de ônibus aqui perto?

Por algum motivo desconhecido, todas começam a rir.

É sério pessoal, estou tentando fugir de minha mãe e tenho certeza que ela já notou minha ausência.

Ao dizer essas palavras, todas olharam para mim, como se elas soubessem quem era minha mãe.

Olha meninas, ela está tentando fugir da mamãezinha. Todas começam a rir novamente.

Esquece. Deixo o carro e começo a andar novamente por ruas paralelas.

Olho para a rua em que o carro estava e vejo que ele não está mais lá, começo a acerelar o passo por medo delas estarem me seguindo.

Até que ouço uma buzinha, rapidamente olho para trás.

Ei, entra no carro!

Sei que não deve entrar em carros de desconhecidos, mas não parecia que elas iriam fazer algo comigo.

No carro

Agora dentro do carro, fico a espera de perguntas sobre o por que de eu estar fugindo, mas não é isso que elas fazem.

S: Finalmente resolveu fugir, uh? - A mulher que estava dirigindo me pergunta, como se ela soubesse quem eu sou.

Você sabe quem eu sou?

Todo mundo sabe quem é você, Zulema. — Sinto um frio na barriga ao ouvir meu nome.

Precisamos ser rápidas. Eu sou a Sole, essa do meu lado é a Anabel e a que está aí junto de você é a Yolanda. Como já deu pra ver um de seus 'seguranças' está nos seguindo, por isso vou falar rápido. — Diz Sole concentrada na estrada.

Sole começa a acelerar o carro, até chegar numa rua deserta, sem ninguém, nem o segurança.

Olha, sua mãe está em dívida com gente grande, gente da pesada. E pra pagar essa dívida, ela colocou você a venda. Fico confusa e ao mesmo tempo assustada.

Venda? Que dívidas? Nunca vi minha mãe com um papel de contas pra pagar.

Não é esse tipo de dívida, ela deve ter matado o chefe de uma gangue ou roubado drogas, mas não é sobre isso que vim falar. Nós já sabiamos que algum dia você iria tentar fugir, então temos uma proposta a fazer.

Que proposta?

Se juntar a nós.

Com certeza eu iria recusar, mas depois que elas dizeram que minha própria mãe me colocou a venda, aceitei sem pensar nas consequências.

Beleza.

Agora o plano vou deixar com a Yolanda.

Temos um plano que pode dar certo e pode dar errado. Me diz qual é seu sonho. — O que meu sonho tem haver com o plano?

Bom... Eu não tenho exatamente um sonho.

Então me diz um trabalho que você acha legal.

Ser dona de uma empresa de filmes. Ver todos o atores e atrizes, gravar filmes que irão fazer muito sucesso... Digo imaginando como seria se eu fosse dona de uma empresa de filmes

Beleza, esse vai ser o plano. Vamos te transformar numa dona de empresa de filmes. Isso vai ser tipo uma 'empresa de fachada' enquanto investimos o dinheiro em pessoas maiores do que a gangue de sua mãe e te tiramos da venda.

Tudo isso só pra me tirar da venda? Depois disso vou ter que abandonar o cargo?

Não, não precisa abandonar o cargo se não quiser. E sim, tudo isso vai ser só pra te tirar da venda, pois só existe duas formar de tirar: sendo comprado ou morrendo.

Minha Atriz FavoritaOnde histórias criam vida. Descubra agora