Minha Atriz Favorita

34. O Casaco

Yolanda

Finalmente chegamos a minha casa, e cara, demorou muito.

— Essa não é a minha casa, Yolanda.

— Sim, eu sei, é a minha.

— Por que me trouxe para a sua casa?

— É mais perto. Zulema não complica mais as coisas, entra e vai tomar banho.

— Não tenho roupa aqui.

— Usa as minhas. Zulema eles te deram alguma coisa? Comprimido, xarope... Se deram, você precisa vomitar.

— Deram soro e algumas pílulas, mas era apenas analgésicos.

— Eu não confio na Hanna, você precisa vomitar. Depois que você comer eu te dou um analgésico de verdade.

— Isso é realmente necessário?

— Sim, e muito. Agora vai pro banho.

Zulema estava... Diferente? Como se estivesse bêbada. Estava com a voz alterada, um cheiro forte de bebida e o principal, não parava de falar e perguntar as coisas. Talvez Hanna tenha embebedado Zulema para que ela possa dizer algumas verdades e tornar o plano dela mais fácil, mas talvez não.

Ela está machucada, e eu vou descobrir o motivo. Tem pontos pelo braço dela, hematomas e alguns arranhões e eu juro que se foi Hanna que fez isso, ela sentirá a mesma dor, só que três vezes pior.

Pego meu telefone e ligo para Macarena.

— Não, Zulema ainda não chegou.

— É claro que ela não chegou, ela está na minha casa.

— Posso saber o que ela está fazendo aí? Yolanda você que eu e ela... Ela e eu... Você entendeu.

— Para de surtar, Macarena! Ela foi sequestrada, e está na minha casa por ser mais perto. Olha, ela está muito mal e toda machucada. Você não olha as mensagens do grupo não?

— Eu silenciei o grupo. Enfim, me passa o seu endereço, eu quero ver ela.

— Tem certeza? Ela não está 100% sóbria.

— Ela bebeu?

— Hanna deve ter embebedado ela. Vou te passar o endereço daqui por mensagem.

— Ok, me man... — Macarena para de falar. — Calma aí que a campainha tocou.

Macarena

— Oi...? Quem é você?

— Aqui é a casa de Zulema, certo?

— Certo, mas quem é você?

— Eu sou a filha dela.

Então era realmente sério? Zulema realmente tem uma filha e ela realmente iria se encontrar com ela?

— Ok...

— Ela está aí? Por favor, diga que sim!

— Não, ela não está, mas ela está bem.

— Você tem certeza que ela está bem? Ela foi pega por uma mulher enquanto eu estava na praça com ela, aquela mulher não parecia ser gente boa.

— Ela está bem, confia em mim. Eu estou indo ver ela agora, quer ir comigo?

— Sim, por favor!