Minha Atriz Favorita

42. Meia-Noite

— O que você está fazendo aqui?

— Cadê a Zulema?

— Pra que quer saber?

— Sou eu que faço perguntas aqui. Cadê a Zulema?

— Deixa ela em paz, Helena! Não acha que já fez merda demais? Deixa ela em paz, vai viver sua vida!

— Eu preciso conversar com ela! Eu sei quem é a mãe dela e sei que Hanna tem um capanga chamado Ramala!

— Sério Barbie? Vai dizer mais o quê? Que corremos perigo e que ele está infiltrado pra obter informações de Sole?

— Me desculpa, Yoli... — Diz sussurrando e se afastando logo em seguida. Fico confusa, mas segundos depois, entendo o motivo do recuo.

Sole

— Que horas são, Ramala?

— São... — Olha em seu relógio. — Exatamente meia-noite em ponto.

— Você sabe o que isso significa?

— Que já é outro dia?

— Que iniciamos oficialmente a execução do plano.

— Já explicou o plano para as meninas?

— Não... Mas até de noite, todas vão saber exatamente o que fazer.

— Conta o plano pra elas agora, assim quando for mais tarde todas já vão saber o que fazer e não vão improvisar.

— Eu vou contar, só preciso me preparar e repassar o plano novamente até eu achar que está perfeito.

— Sole...

— Eu vou contar! Mais tarde eu conto, vou contar e alistar nossas coisas, qualquer coisa me chama.

Yolanda

Ok... Minha situação neste exato momento não é uma das melhores, espero conseguir planejar algo rápido. Fui pega de surpresa e desprevenida por Hanna, que usou Helena para me achar. Agora estou em um conflito interno comigo mesma sobre o que fazer e o que falar, confesso que não está nada fácil.

— Então foi você que tirou minha filha do meu esconderijo? Sabia que aquilo atrapalhou tudo que eu havia planejado?

— Eu não ligo se vou atrapalhar ou não os seus planos, você tem que é agradecer por ainda estar viva.

— Eu? Agradecer por alguma coisa? Você que tem que agradecer por eu ainda não ter te matado, o que não vai demorar se continuar me desafiando.

— O que é que você quer aqui? Meu nome não é Zulema pra você ter ido atrás de mim.

— Não é com Zulema que quero falar, é com você. Tenho uma proposta a te fazer.

— Não quero saber que proposta é essa, não quero nada que venha de uma pessoa imunda como você.

— Não sabe respeitar os mais velhos, dona?

— Eu respeitos os mais velhos, não os mais filhos da puta.

— Mesmo com o seu mau comportamento, vou-lhe dizer qual é a proposta.

— Eu não quero saber. Agora se puder sair, eu agradeceria.

— A proposta é o seguinte...

Achei que Hanna fosse tudo, mesmo uma velha chata que não sabe calar a boca. Por algum motivo, eu estava com minha arma (sim, tenho uma arma) na cintura, para caso algum ladrão ou capanga de Hanna tentasse invadir minha casa. Não tinha outra melhor situação para usá-la, a não ser agora.