Bailey e Shivani enfrentaram uma montanha-russa de emoções anteriormente, antes de finalmente se entenderem e conseguirem o que tanto queriam: ficar juntos para sempre.
Agora, dois anos depois, esse recomeço está longe de ser tranquilo. Os fantasmas...
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Trying to forget you, babe I fall back down Gotta stay high all my life To forget I’m missing you. — Tove Lo, “Habits (Stay High)”
À noite, marcamos um churrasco na casa do tio Túlio. É a primeira vez que todos nós estaremos no mesmo lugar. Entro de mãos dadas com Bailey.
— Mestre da paudurecência! — Sabina dá um gritinho antes de se jogar nos braços de Bailey, que começa a rir.
— Dá uma segurada aí, Sabina, que tô sabendo que você é uma mulher comprometida agora. — Bailey ergue as mãos quando ela o solta.
— Tá pra nascer o homem que vai mandar em mim — ela responde, dando de ombros, com Pepe a puxando pela cintura e lhe roubando um beijo.
Ao longe, sentados na varanda, Noah, Krystian e Lamar bebem. E, pela quantidade de garrafas vazias em volta deles, começaram faz tempo. E eu pensando que uma crise do Bailey seria minha única preocupação nessa noite...
Bom, pelo menos Nour e Sina deixaram seus filhos com as avós. Assim nenhuma criança os verá “enchendo o latão” dessa forma.
As horas passam, e, apesar de os três estarem visivelmente bêbados, a noite segue bem divertida. Bailey, Augusto e Pepe conversam animadamente. Passo por Noah, Krystian e Lamar, e o papo não podia ser outro.
— Amar não pode ser dar murro em ponta de faca. Se dói mais do que dá prazer, não é pra ser. Eu não vou ser o cara que acredita em algo que não vai acontecer. — Lamar segue explicando suas teorias. Fico triste por ver meu irmão magoado, mesmo que ele finja que tudo não passa de uma brincadeira.
— Eu tô pensando no seguinte: agora se eu quiser uma mulher e ela quiser também, vou pegar e pronto. Sem pensar nessa porra toda de amor — Krystian diz, indignado.
— Melhor coisa — Noah assente, procurando Sina com o olhar.
— Autoimunidade é o que há de melhor, meus caros — Lamar afirma, orgulhoso de sua criação, e os três levantam as garrafas de cerveja e brindam. — Vou patentear essa merda.
— Falando em mulher, essa Sina, amiga de vocês, é gata, hein? — Krystian tem que estar mesmo muito bêbado para não perceber o olhar mortal que Noah lhe lança. — Mas ela é casada e fora do meu alcance...— Ele levanta, tropeçando.
Vou atrás dele e o faço beber um pouco de água. Krystian suspira e me abraça. Ai, Deus... Como um cara como ele não dá sorte?
Maurício, como sempre, é o primeiro a falar em ir embora. Sina se levanta e entra na sala para pegar a bolsa. Pelo canto dos olhos vejo Noah se levantar e ir atrás dela. Ah, droga.
Sem nem pensar, eu os sigo sob o olhar do Bailey. Seria bom que ele captasse o sinal, porque, se o Noah fizer o que estou pensando e o Maurício entrar lá, a casa vai cair.
Como eu suspeitava, Noah está conversando com Sina, que não parece muito feliz com o rumo da conversa.
— Noah... Você está bêbado. Chega de beber por hoje, tá? — ela pede, segurando a mão dele e dando dois passos para se afastar.
Ele ainda tenta segurar o braço dela, mas me coloco entre eles.
— Ela precisa saber... — ele murmura enquanto Sina sai da sala, abalada.
— Ela sabe, Noah. Pode não querer aceitar e nem lidar com isso, mas ela sabe.
A desolação se soma aos efeitos do álcool e Noah parece prestes a desabar. Eu o abraço e ele me aperta forte, tentando encontrar o apoio que precisa para se recuperar.
Alguns minutos se passam e finalmente nos soltamos. Noah passa a mão pelos cabelos e vejo lágrimas brilhantes em seus olhos.
— Não sei o que eu faria sem você, Vivi.
— Para com isso. Somos uma dupla, lembra? Me sinto da mesma forma. Te amo, Noah, e só quero te ver bem.
Ele me puxa para outro abraço bem no momento em que ouvimos a voz de Bailey atrás de nós:
— Acho que tá na hora de alguém me contar que porra aconteceu em Londres.
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“Tentando esquecer você, querido/ Eu desmorono outra vez/ Tenho que ficar chapada a vida toda/ Para esquecer que estou sentindo sua falta.”