Cap. 4 - Sua Menina

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Lauren Jauregui

Geórgia — Estados Unidos

Duas semanas depois

— Eu não vou falar sobre isso agora, Pakhan.

Desde quando você me chama assim, quando estamos só nós dois?

— No momento em que você começar a me tratar como uma maldita empregada, eu passarei a agir como uma.

E querer que você se case e me dê descendentes é tratá-la como a uma empregada?

— Se eu tiver que escolher uma daquelas bonecas que você chama de opções, é sim.

São boas moças de família. Além do mais, você tem se divertido bastante antes e poderá continuar a fazê-lo após o casamento, desde que seja discreta. Uma delas será somente a oficial.

— Não, obrigada. Na hora em que escolher minha mulher, não pretendo continuar distribuindo minha semente pelo mundo.

Sei que ele não dará a mínima para o que estou dizendo. Não é a primeira vez que temos essa discussão ou que sou pressionada a me casar.

Se eu não tivesse distribuído minha semente pelo mundo, você não existiria.

— E quem sairia perdendo?  — Eu estou muito irritada e quero encerrar a conversa, mas para minha surpresa, ele ri.

Você não poderia ser mais parecida comigo nem se tentasse, filha. — Do mesmo jeito que a risada começou, ela termina. — Mas sabe que terá que se decidir em breve. Não me resta muito tempo nesse vale de lágrimas que é o nosso planeta. Quando você estiver ocupando meu lugar, precisará de uma boa esposa ao seu lado e também de filhos que possam dar continuidade aos negócios da família.

Sei que ele tem razão e também que mais cedo ou mais tarde terei que dar início à verificação das opções, mas ao meu modo e não em uma porra de uma lista. O futuro da Organização depende de mim e isso significa que devo dar o exemplo, obedecendo as regras não escritas, mas posso escolher minha mulher sozinha.

Inspiro, de saco cheio. Essa é a parte não tão boa de ser chefe.

— Eu vou pensar a respeito.

Quer que enviemos outros nomes? As meninas do ano passado, hoje são mulheres e dariam ótimas esposas.

— Não, obrigada. A lista que me foi entregue é mais do que suficiente. — Minto, para que ele pare de falar.

— Quando você vem para casa? — Muda de assunto, talvez percebendo que estou no meu limite.

Eu sei que ele ficaria ofendido se eu colocasse em voz alta, mas cada vez mais considero os Estados Unidos como meu verdadeiro lar.

Depois que meus pais faleceram em um acidente de trem há cinco anos, os únicos motivos para visitar a Rússia têm sido negócios ou para rever o Pakhan.

Meu avô se encontra com a saúde debilitada e tem evitado sair da velha pátria.

— Eu não posso ir no momento, mas em breve.

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CAMREN: Proteção Na Máfia? (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora